Apesar do conceito social recente do futebol suíço, estar intimamente relacionado à vocação defensiva, após a eliminação da Copa do Mundo em 2006 sem sofrer um gol sequer, e a vitória sobre a Espanha em sua estréia na Copa da África do Sul em 2010, o time helvético hoje é um dos de maior capacidade ofensiva da Europa, e isso ficou claro na vitória de virada sobre a Sérvia por 2 a 1, a primeira reversão de placar na Copa do Mundo 2018. O triunfo foi fundamental, pois deixa a Suíça dependendo de si para avançar às oitavas-de-final, e joga a encrenca para cima de sérvios e brasileiros, que se enfrentam na última rodada.
De fato, destacou-se no início do jogo a equipe sérvia. O seu jogo relacionado à capacidade áerea de Sergej Milinkovic-Savic e Aleksandar Mitrovic, quer com a saída longa, ou com cruzamentos realizados, quase sempre pela direita, onde o extremo Dusan Tadic reserva sempre perigo com seu pé esquerdo, foi destaque. Foi Tadic quem cruzou para Mitrovic abrir o placar para os sérvios, que foram melhores no primeiro tempo. Seu Pressing, somado ao jogo aéreo, controlaram uma Suíça que até se acertou em campo, mas foi precária na tomada de decisão no terço final.
Na segunda etapa, a equipe treinada pelo bósnio Vladimir Petkovic, virou as ações quando o jovem zagueiro Manuel Akanji passou a deter os atos de Mitrovic. Sua capacidade passadora, aliada à de Schär, do lateral-esquerdo Ricardo Rodríguez e do meio-campista Granit Xhaka, superaram a capacidade física da Sérvia. A partir de seu jogo associativo, os suíços encontraram o extremo direito Xherdan Shaqiri entre as linhas, com as chegadas do meia Blerim Dzemaili. Um golaço de Xhaka no começo da segunda etapa parecia encaminhar as coisas, e o segundo tento era questão de tempo, caindo no final do jogo, após uma condução em campo aberto de Shaqiri.
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