Não é normal vermos seleções africanas demonstrando tanta competitividade coletiva, especialmente as mais do Sul, como Senegal fez contra a Polônia na primeira rodada da Copa do Mundo 2018. O time do técnico Aliou Cissé venceu a Polônia, mostrando durante os 90 minutos, muita ordem sem a bola, e prontidão para esperar as oportunidades para armar as transições ofensivas, abusando da velocidade de seus homens de ataque.
Os leões de Teranga repetiram a estréia da Copa do Mundo de 2002, com um plano similar, mas não idêntico. O time buscava ligar logo com o ataque, trabalhando rápido da defesa para os homens de frente, e ao perder a posse, montavam um bloco médio, para roubar e começar mais uma transição. A Polônia usava circulações de bola pelos lados para depois cruzar na área, mas dependia demais dos apoios de Lewandowski para criar algo, e com Milik e sem ele na área, pouca coisa ocorria.
De todo modo, a posse de bola sempre foi dos comandados de Adam Nawalka, com o interior Piotr Zieliński sendo o gestor de ataques. A bola passava muito pelos extremos Jakub Blaszczykowski e Kamil Grosicki, assim como pelos laterais Lukasz Piszczek e Maciej Rybus. Mas as iniciativas eram brecadas, com os zagueiros senegaleses Salif Sané e Kalidou Koulibaly limpando a área, os volantes Idrissa Gana Gueye Alfred N’Diaye tapando o funil, e M’Baye, Mané, e Niang, profundizando a equipe. E um gol em cada tempo, deu o importante triunfo aos africanos. Nem mesmo o sistema com três Zagueiros da Polônia no segundo tempo, e a busca por cruzamentos na área, deu resultado.
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