O começo dos anos 90, marcou o começo da desmembração da Iugoslávia, que se transformou em várias nações independentes. Até hoje, a nação oriunda da antiga potência futebolística, que mais chegou longe em uma Copa do Mundo, foi a Croácia, em 1998. Após a boa campanha na Eurocopa de 1996, o selecionado báltico foi à França disposto a fazer história.
O técnico Miroslav Blazevic organizava a sua equipe num 3-5-2, com base no Dínamo de Zagreb, que continha seis jogadores titulares na equipe. O elenco era complementado por estrelas, como o mediocentro Soldo, do Stuttgart, e o meia Asanovic, do Napoli. Stanic completava o miolo do meio-campo, com Boban, e Jarni jogando pelas pontas, com o sólido trio Simic, Stimac e Bilic formando a zaga, Vlaovic e o artilheiro Suker no ataque, e o craque Prosinecki, no banco.
A Croácia caiu na primeira fase, em um grupo que ainda tinha Argentina, Japão e Jamaica. Além de vencer os caribenhos e os orientais por 1 a 0, perdeu para a Argentina, mas nada demais. Nas oitavas-de-final, eliminou a Romênia de Hagi, vencendo por 1 a 0, com gol de Suker. Na sequência, o selecionado báltico eliminou a poderosa Alemanha nas quartas-de-final, com uma goleada de 3 a 0 para lavar a alma e vingar a eliminação da Euro de 1996, ocorrida nesta mesma fase.
Na semifinal, o desafio seria bater a anfitriã França, no Estade de France. Suker chegou a abrir o placar para a Croácia em falha de Thuram, que marcou logo depois duas vezes, para virar o jogo para o selecionado gaulês, que teve Blanc expulso, mas ainda segurou bem a vantagem, pondo fim ao sonho croata.
Contudo, a Croácia disputou dias depois no estádio Parc des Princes, em Paris, com a Holanda, o terceiro lugar do Mundial. Prosinecki virou titular, e abriu o placar para os croatas, logo no começo do jogo. Zenden, logo depois, empatou. Ainda no primeiro tempo, Suker marcou para colocar, de maneira definitiva a Croácia na frente do placar. Os croatas asseguravam assim lugar no pódio da Copa, e Suker, virava artilheiro do Mundial.
O futebol croata seguiria revelando craques nos anos seguintes, mas teria uma dificuldade enorme para juntar atletas de diversos clubes, espalhados pela Europa, e formar uma equipe competitiva de fato, acumulando campanhas sem brilho nos anos recentes, até a seleção de Zlato Dalic chegar na final da Copa do Mundo 2018.
Time-base: Ladic; Simic, Stimac e Bilic; Stanic (Prosinecki), Soldo (Jurcic), Asanovic, Boban e Jarni; Vlaovic (Boksic) e Suker. Técnico: Miroslav Blazevic.