Por várias vezes na história, a seleção francesa montou times extremamente fortes, mas só em 1998, quando sediou a Copa do Mundo pela segunda vez na história, conseguiu ser campeã mundial. Após ficar de fora da Copa do Mundo de 1994, eliminada pela Bulgária, a geração de David Ginola, Eric Cantona e Jean-Pierre Papin deixou um vazio, que seria preenchido por outros craques.
A França vinha de uma campanha apenas regular na Euro 1996, disputada na Inglaterra. Na fase de grupos, liderou a chave B, vencendo Romênia e Bulgária, e empatando com a Espanha, mas nas quartas-de-final, já mostrou dificuldades, ao empatar sem gols no tempo normal e na prorrogação com a Holanda, só avançando nas penalidades máximas. Na semifinal, no entanto, caiu diante da República Tcheca, desta vez sendo vítima dos pênaltis.
Já nesta Euro, a França foi liderada por Zinedine Zidane. O trequartista funcionava como um filtro das jogadas no meio campo dos Le Bleus, tendo uma importância enorme dada pelo técnico Aimé Jacquet na equipe, que jogava em um 4-3-1-2. A defesa base, era formada pelo goleiro Barthez, Lilian Thuram, Laurent Blanc, Marcel Desailly e Bixente Lizarazu, com Didier Deschamps, Christian Karembeu, Youri Djorkaeff, Guivarc´h, e o próprio Zidane completando a escalação base do elenco que iria tentar conquistar uma Copa em casa.
A França, neste Mundial, foi cabeça de chave do Grupo C, ficando ao lado de Dinamarca, África do Sul e Arábia Saudita. O selecionado gaulês fez 100% de aproveitamento, e goleou África do Sul por 3 a 0, e a Arábia Saudita por 4 a 0, além de ter derrotado a Dinamarca por 2 a 1. Contudo, uma expulsão de Zidane contra a Arábia Saudita, ligava o sinal de alerta, já que o craque era esquentado, e não levava desaforo para casa.
Nas oitavas-de-final, a França precisou da prorrogação para vencer o forte sistema defensivo do Paraguai, enquanto nas quartas, contra a Itália, a vaga só veio nas penalidades. O time começou realmente a ganhar confiança na semifinal, quando fez 2 a 0 na Croácia, e na decisão, derrotou o Brasil por 3 a 0, com dois gols e uma atuação emblemática de Zinedine Zidane.
Com esta mesma base, mas Roger Lemerre no comando, a França ainda conquistou a Euro de 2000, e a Copa das Confederações de 2001. Em 2002 fracassou na Copa do Mundo, caindo ainda na fase de grupos em um chave A, que divida com Uruguai, Senegal e Dinamarca. Em 2003, conquistou a Copa das Confederações, e deu o canto do cisne na Copa do Mundo de 2006, quando já sob às ordens de Raymond Domnech, Zidane ajudou os gauleses a alcançarem a final da Copa, perdendo o título para a Itália, nas penalidades.
Time-base: Barthez; Thuram, Desailly, Leboeuf e Lizarazu; Deschamps, Petit, Karembeu (Boghossian) e Zidane; Djorkaeff (Viera) e Guivarc´h (Dugarry). Técnico: Aimé Jacquet.