Griezmann e Mbappé: as armas da França
Imagem: Wiews


A Croácia de Modric, Rakitic e Mandzukic está acostumada nesta Copa do Mundo, a encarar desafios, mas nenhum como a França, sua adversária na final do torneio. O selecionado de Zlatko Dalic enfrentou rivais de muita solidez coletiva, como Islândia, Dinamarca, Rússia e Inglaterra, ou de muita qualidade técnica individual, como a Argentina, com a Nigéria sendo algo entre os dois, mas com questões nos dois pontos. A França, não. A França alia muito talento individual, como a Argentina, mas com bem mais estabilidade emocional, e organização. Não que a Croácia também não tenha organização, talento, e capacidade anímica, mas carrega consigo três prorrogações, algo que a França não teve em nenhum de seus duelos eliminatórios.

Sem dúvida, a Croácia terá problemas com Antonie Griezmann e Kylian Mbappé. Por algumas razões. A Croácia joga com seus interiores saltando para marcar pressão, deixando os extremos e Brozovic mais atrás. Assim, sobram espaços nas costas de Rakitic e Modric, e é por ali que Griezmann joga. Além disso, a Croácia precisará não deixar a França chegar em velocidade no ataque, ou baixar muito suas linhas, pois Mbappé baterá no mesmo setor que Domagoj Vida e Ivan Strinic, o direito francês, esquerdo croata, justamente onde os bálticos possuem dificuldade para defender.

De certo, Dalic fará algo para conter as duas armas francesas. Como Lovren deve cuidar do pivô de Giroud, coberturas serão fundamentais, e nesse caso, Vida é a chave. Além disso, Ivan Rakitic pode fechar junto com Brozovic no corredor central, para cobrir mais espaços em transições e posicional. Mas, por mais que Dalic tente conter a força francesa, para deter Mbappé e Griezmann, será fundamental um pouco de sorte.