Os anfitriões, via de regra fazem grandes Copas do Mundo. Nas 20 edições anteriores, seis deles foram campeões, dois vice-campeões, e sete deles semifinalistas, no que se inclui a surpreendente Coréia do Sul de 2002 que sediou a Copa ao lado do Japão, que avançou da fase de grupos, mesmo em sua segunda Copa apenas. Além disto, Chile, Suíça e México fizeram seus melhores papéis em Copas em casa, e os EUA foram até às oitavas-de-final em 1994, vendendo caro uma eliminação para o Brasil. Apenas a África do Sul de 2010 caiu na fase de grupos, a fase inicial, em uma Copa que sediava.
A Rússia temia ser a segunda anfitriã eliminada na fase de grupos, após os fracassos na Copa do Mundo de 2014, nas Euros de 2012 e 2016, e na Copa das Confederações 2017, que sediou. Mas, o selecionado do primeiro país do Leste da Europa a sediar uma Copa do Mundo, conseguiu avançar da fase de grupos, e eliminar a Espanha nos pênaltis nas oitavas-de-final, utilizando um jogo direto, que muda de acordo com o rival. Nesse Sábado, contra a Croácia, a seleção russa buscava chegar na semifinal de sua Copa, ampliando a melhor campanha como Rússia em Copas, e repetindo o feito alcançado em 1966, como União Soviética. Já como Croácia, em 1998, o país báltico, rival russo hoje, também havia chegado em uma semifinal de Copa do Mundo, e buscava repetir esse feito histórico, algo que conseguiu, após um empate em 2 a 2 no tempo normal + prorrogação, e vitória nos pênaltis por 4 a 3. A geração de Modric, Rakitic e Mandzukic, iguala a de Suker, Simic e Bilic, e parece pronta para fazer mais. Tentará contra a Inglaterra, na próxima quarta-feira.
Os gols do jogo foram marcados por Kramaric e Vida para os croatas, e Cheryshev e Mario Fernandes para os russos. O jogo, apesar de não contar com duas seleções de peso, foi emocionante e competitivo. Uma grande partida de Luka Modric, liderando uma Croácia que não realizou seu melhor como sistema coletivo. A Rússia, por sua parte, executou uma proposta ofensiva, mas que soube mudar. Começou o jogo subindo linhas, com Golovin e Dzyuba pressionando a saída de bola croata. Quando os russos retomavam a bola, lançavam para Dzyuba no centro, ou Mário Fernandes na direita, e brigavam pela primeira e pela segunda bola. E foi num pivô de Dzyuba, que ele arrumou a bola para Cheryshev pegar com muita felicidade, num chute de fora da área, e abrir o placar.
A Croácia não demorou para empatar, quando num lançamento para frente, Mario Fernandes hesitou em dividir por cima com Perisic, obrigando Kutepov a sair do lugar, quando a bola sobrou para Mandzukic. Com a defesa russa aberta, Kramaric infiltrou entrelinhas, para se abaixar e completar para o gol o cruzamento de Mandzukic, e empatar o encontro. No segundo tempo, Cherchesov se equivocou com as mudanças, sobretudo ao sacar Dzyuba, para colocar Smolov. Perdeu totalmente referência no ataque. Ainda viu Vida virar, mas Mario Fernandes empatou, no finalzinho da prorrogação. Nos pênaltis, mais uma vez brilhou a estrela de Subasic, que defendeu uma cobrança de Smolov, e viu Mario Fernandes chutar outra para fora. Akinfeev defendeu a cobrança de Kovacic, e quase pegou a de Modric, mas como ficou no quase, viu os bálticos avançarem às semifinais.
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