Pouco se esperava que Suíça ou Suécia estivessem nas quartas-de-final da Copa do Mundo 2018. Com os gigantes Alemanha e Brasil no caminho, era muito mais provável que ambas apenas disputassem com Sérvia, Costa Rica, México e Coréia do Sul a segunda colocação de seus grupos, e caíssem nas oitavas-de-final. Foi isso que ocorreu com a Suíça, mesmo após o empate com o Brasil na estréia. Mas, a Suécia teve a chance de terminar na primeira colocação de sua chave, após vencer México e Coréia do Sul, e contar com tropeços da Alemanha diante dos mesmos, o que gerou um confronto inesperado entre nórdicos e helvéticos nas oitavas-de-final da Copa, colocando automaticamente um deles nas quartas.
A Suécia conseguiu surpreender na Copa do Mundo com um sistema bem simples. Duas linhas de quatro atrás, bem compactadas, e dois atacantes na frente, recebendo jogo direto. Um sistema simples, mas bem executado, e que dá resultados, capazes de encarar seleções como Holanda, Itália e Alemanha. Já a Suíça, fez o que fez na Copa do Mundo até aqui, por conta da capacidade passadora de Schar e Xhaka, e as formas de Sommer, Akanji, e Shaqiri. E nessa soma, dá para dizer que na eliminatória entre elas, a força da concentração sueca prevaleceu.
O jogo começou com a Suécia executando uma meia pressão, possibilitando ao selecionado suíço sair jogando, mas não ter facilidade para chegar na área. A equipe suíça buscava jogar com triangulações pelos lados, com o lateral-direito Lang dando profundidade pela direita. Assim, Shaqiri partia da direita para dentro. O time do técnico bósnio Vladimir Petkovic, usava o lateral-esquerdo Ricardo Rodríguez e o volante Granit Xhaka como os diretores da circulação de bola, com o mediapunta Blerim Dzemaili, e o extremo esquerdo Steven Zuber atacando a área, desde a segunda linha. O time circulava a bola bem até um certo ponto, mas tinha dificuldades para levar perigo ao gol rival, pela sua incapacidade de agredir.
Na Suécia de Janne Anderson, o jogo também era pelos lados, buscando o jogo na área e a disputa pela segunda bola, ou as conduções de Emil Forsberg, que em uma delas, já na segunda etapa, teve um chute desviado em Akanji, marcando o único gol do jogo, suficiente para classificar os suecos para uma quartas-de-final de Copa, 24 anos depois.
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