Em jogo com duas viradas, o Atlético superou o Real Madrid na prorrogação, e é o campeão da Supercopa da UEFA 2018. Os gols colchoneros foram de Diego Costa (duas vezes), Saúl e Koke, com Benzema e Sergio Ramos, cobrando penalidade, marcando para os madridistas. O Atlético, enfim vence o rival em uma final europeia, depois de ter perdido as duas finais de UEFA Champions League, em 2014 e 2016. E a Champions, é por sinal, o grande objetivo colchonero nessa temporada, já que a final será no Wanda Metropolitano, em Madrid, chance de Ouro para o clube assegurar a taça que lhe falta. Essa foi a quinta final entre Real e Atlético em cinco anos, e a terceira que termina com título dos Índios, depois das conquistas da Copa do Rei e da Supercopa da Espanha, batendo o rival.
O Atlético, praticamente começou o jogo ganhando. Nos primeiros minutos, Diego Costa recebeu um lançamento de Juanfran da defesa, ganhou de Sergio Ramos, e finalizou sem chances de defesa para Keylor Navas. O gol deixou o Atlético com uma postura bastante reativa, com pressões médias apenas, em seu 4-4-2, que deixava Griezmann e Diego Costa mais na frente. O Real Madrid, por sua vez, ao contrário dos tempos de Zidane, fez um ataque posicional mais estático, que se baseava em triangulações pelos lados. Na esquerda, Benzema apoiava Marcelo e Toni Kroos e Isco, enquanto na direita, por onde o time jogou menos, Bale ficou fazendo o corredor com Carvajal. O modelo de jogo gerou algumas incertezas nos jogadores, acostumados com o toque cadenciado dos tempos de Ancelotti e Zidane, mas não com o posicionamento mais preso.
Em suma, a partida foi cheia de alternativas, erros, oportunidades, e um time, que mesmo com mudanças, se mostrou mais acostumado com o modelo de seu comandante, há quase sete anos em Madri. Enquanto Julen Lopetegui fazia o seu primeiro jogo oficial com o Real Madrid, Diego Simeone comandava dos camarotes, o Atlético de Madrid em mais uma de suas muitas finais. Dessa vez, o técnico argentino viu seu time fazer uma boa janela, com Griezmann renovando, e gente como Lemar e Rodrigo Hernández chegando, o que aumenta as expectativas, ainda mais depois do que foi visto em Tallin.
O Atlético até sofreu com as individualidades de Benzema, Marcelo e Bale, enquanto Kroos foi colocando o Real Madrid no ataque, ativando as peças de frente. Marcelo e Bale recebiam e arrancavam muito para cima de Juanfran e Lucas, exigindo coberturas de Savic e Godín. O desborde merengue foi arrumando espaços, até que Benzema apareceu para empatar a partida ainda na primeira etapa. No começo do segundo tempo, após um toque de Godín com a mão na bola na área, o árbitro marcou penalidade, que Sergio Ramos converteu, para colocar o Real na frente do marcador.
Após ficar na frente do placar, o Real Madrid baixou linhas, e se recolheu. O Atlético, por sua vez, tentava ganhar altura nas linhas de marcação e gerar jogo com volume e posse. Nesse sentido, Lemar, até então mais protagonista com a ajuda na marcação, foi importante, não se omitindo e somando ações também com bola entrelinhas, mostrando que já está adaptado ao cholismo. Correa entrou em campo no lugar de Griezmann, muito cansado, e deu vida nova ao Atlético, se somando à Lemar entrelinhas, com Koke e Saúl por trás. Foi numa bola onde o Atlético não desistiu da jogada, e Marcelo tentou "chapelar" Juanfran na linha lateral, que o carrillero espanhol ficou com a bola e armou a jogada, onde Diego Costa arrematou sem chances de defesa para Navas, mais uma vez, deixando tudo igual.
Na prorrogação, um Atlético mais entrosado, e mais inteiro, castigou com sua pressão a saída de bola merengue, somando roubos em zonas adiantadas. A entrada de Luka Modric deu com seus passes profundidade ao setor direito de ataque, mas a saída de Casemiro, com Modric e Kroos saltando para pressionar, cedeu terreno entrelinhas ao Atlético. E foi assim, forçando erros na zaga merengue, e roubando perto do gol, que o Atlético criou as jogadas de seus dois gols marcados no tempo extra, por Saúl e Lemar, assegurando assim o triunfo por 4 a 2, e a sua terceira taça da Supercopa europeia na história.
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