O Barcelona é o campeão da Supercopa da Espanha 2018. O time blaugrana bateu o Sevilla de virada por 2 a 1, para ficar com a taça. O Sevilla, agora treinado por Pablo Machín, em muito lembrou o Girona da temporada 2017-2018, montando um 5-4-1, mas manteve blocos bem baixos na maior parte do jogo, sem subir muito a pressão, com Muriel recuando e formando praticamente um 5-1-4 em fase defensiva. Isto, pois o Barcelona de Ernesto Valverde usou um ataque posicional bastante estático, com poucas vezes os jogadores saindo de suas zonas, e uma ou outra troca de posição.
A decisão da Supercopa espanhola foi disputada em Tânger, no Marrocos. O Barça, com a bola, tinha controle, mas viveu muito tempo correndo para trás. O campeão da Liga e da Copa na temporada passada, foi para o campo com Arthur e Rafinha como interiores, e Dembélé como último integrante da linha de ataque, pela esquerda, com Messi na direita, e Suárez centroavante. Já o Sevilla jogou com Roque Mesa e Ever Banega na medular do meio-campo, com ambos ficando responsáveis por iniciar as transições, explorando a velocidade de Muriel e dos extremos, em especial Jesus Navas, e as chegadas na área de Mudo Veazquez e Sarabia. Era um Sevilla para correr, e não para circular a bola. Os comandados de Machín cederam muito terreno, e optaram por cobrir espaços, dando dificuldades para o Barcelona verticalizar e mudar de ritmo em certas áreas do campo. Novamente, o fator Messi foi o mais importante para gerar desequilíbrios. Após o Sevilla abrir o placar com Muriel ativado em transição, o Barça só melhorou com o argentino trocando de posição com Rafinha por vezes, vindo na base da jogada, e gerando jogo. O gol de empate saiu no final do primeiro tempo, com Piqué pegando rebote, após uma cobrança de falta do próprio Messi.
Jordi Alba e Nelson Semedo são as principais peças de rupturas do Barcelona, somando virtudes que facilitam para Messi poder chegar à frente de surpresa, mas há a necessidade de um interior agressivo para este processo, algo que nem Rafinha, e nem Arthur são. Com isso, o Barcelona muito dependeu de Messi e Ousmane Dembelé jogando entrelinhas, e foi o francês, num golaço de fora da área, que fez o gol da virada. O Sevilla ainda teve a chance de empatar, mas perdeu um pênalti cobrado de maneira fraca por Muriel, já nos acréscimos, assegurando assim, o terceiro título do ano para o clube catalão, que começa a temporada, como terminou a última: mandando na Espanha.
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