Romper a defesa do Valência não é uma tarefa fácil, mas uma vez que a Juventus conseguiu um gol, a partida nunca pareceu fora de controle. Graças à sua posse controlada e grande organização defensiva, a Juve venceu o jogo contra os Ches com um mínimo de esforço, e se garantiu na fase eliminatória da Liga dos Campeões, onde parte como a grande favorita ao título.
A Juventus conquistou nove pontos em quatro jogos, e precisava contra o Valencia, de apenas um ponto para se classificar para a fase eliminatória da Liga dos Campeões dessa temporada. Até agora, a Juventus está em ótima forma na época, e a única partida que perdeu foi contra o Manchester United, no Allianz Stadium. Para o Valência, este jogo era a última chance de fazer qualquer coisa na atual Liga dos Campeões. Com cinco pontos em quatro jogos, uma vitória contra a Juventus era necessária, para tentar acompanhar o Manchester United rumo ao mata-Mata.
Como sempre, o Valência usou a plataforma tática 4-4-2, com Dani Parejo e Geoffrey Kondogbia como meio-campistas, o combativo Francis Coquelin como meia-direita, e o explosivo Gonçalo Guedes à esquerda. O lateral-direito Cristiano Piccini está machucado há algumas semanas, fazendo o meio-campista dinamarquês Daniel Wass substituir ele como um defensor improvisado. A formação de escolha da Juventus tem sido o 4-3-3 na maior parte desta temporada. Na ausência dos lesionados Emre Can e Sami Khedira, Rodrigo Bentancur silenciosamente estabeleceu-se no meio-campo, ao lado do incontestável Miralem Pjanić e de Blaise Matuidi, na maioria dos jogos. Na frente, o talento do time de Allegri é quase ilimitado. Para este jogo, jogaram Cristiano Ronaldo, Mario Mandžukić e Paulo Dybala.
O Valência tem um técnico que que sabe organizar sua defesa. Marcelino coloca sua equipe no clássico 4-4-2, que é basico para as equipes que jogam um futebol com base em uma defesa sólida e transições rápidas, quando a bola é roubada. No começo da partida, os dois atacantes Rodrigo e Santi Mina tentaram impedir que os zagueiros centrais da Juventus e Pjanić jogassem a bola para as linhas de passe. Empurrando os zagueiros para o alto, a Juventus desfrutou de uma vantagem de três contra dois no meio do campo, mas os atacantes do Valência fizeram um bom trabalho ao garantir que o passe fácil para Pjanić não estivesse disponível. Matuidi, Bentancur ou Dybala baixavam para garantir que a Juventus pudesse progredir com a bola em campo, colocando-se à disposição dos defensores, e fazendo o apoio à Pjanić. Parejo e Kondogbia acompanhavam os jogadores que caíam por lá, e assim o Valência recuperou a posse de bola algumas vezes.
Quando o Valência se instala em um bloco baixo, é muito difícil de enfrentar. A distância entre os zagueiros centrais e os atacantes rivais nunca é muito grande, as áreas centrais estão sempre congestionadas, e quando a bola se move para os flancos, toda a equipe se move como uma unidade da esquerda para a direita, fazendo o balanço defensivo.
Somente o talento ofensivo que a Juventus tem à sua disposição foi capaz de romper issl. À direita, o lateral João Cancelo fez o corredor, enquanto Paulo Dybala raramente foi visto no flanco direito, e jogou como mediapunta a maior parte do tempo. À esquerda, Cristiano Ronaldo ficou mais para o lado, mesmo que Alex Sandro, abrisse bastante. Contudo, o mesmo foi substituído por Cuadrado, tornando a equipe mais aguda na segunda etapa. E foi numa bola de CR7, em jogada individual, que surgiu o cruzamento rasante para Mandzukic, que marcou o solitário gol do jogo.
Após o gol, a Juventus jogou mais leve em campo, mas leve demais, e foi meio displicente nas conclusões. Como ao Valencia faltava forças para reagir, o 1 a 0 se manteve até o final, classificando o time italiano, e combinado à vitória do Manchester United sobre o Young Boys, eliminando o Valencia, que irá ter de se contentar com a Liga Europa.
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