O gol de Mohamed Salah foi decisivo para o Liverpool eliminar o Napoli, vencendo por 1 a 0 o rival em Anfield, e avançando para as oitavas-de-final da Liga dos Campeões. A intensidade do Liverpool atrapalhou o jogo do Napoli, e os visitantes se esforçaram pouco para reagir, o que permitiu que o time da casa dominasse a partida por grandes períodos.
O Grupo C foi indiscutivelmente o mais disputado antes da rodada final da fase de grupos. O Napoli estava no topo com nove pontos, o PSG em segundo com oito pontos, e o Liverpool em terceiro com seis. O PSG era forte favorito para avançar, pois enfrentou o Estrela Vermelha na última rodada, em Belgrado. Nesse cenário, basicamente, o Liverpool e o Napoli tiveram que lutar por uma vaga no mata-mata, no que era efetivamente um confronto direto.
O jogo começou com o Liverpool sabendo que uma vitória era essencial para o progresso. Um 1 a 0 bastaria, e se o Napoli conseguisse marcar, o time de Klopp teria que vencer por dois gols para passar. Ambos os times se aproximaram do jogo com vitórias de 4 a 0 em suas ligas domésticas, então a confiança certamente não seria um problema. J ü rgen Klopp fez três alterações em relação à equipe que entrou em campo no fim de semana, com Xherdan Shaqiri, Fabinho e Naby Keïta sendo trocados por James Milner, Jordan Henderson e Trent Alexander-Arnold. O 4-3-3 tem sido a formação de Klopp para os grandes jogos desta temporada, devido à estabilidade defensiva que oferece. Nesta ocasião não foi diferente, apesar de a sua equipe ter conseguido sucesso em nível nacional com a formação em 4-2-3-1.
Carlo Ancelotti selecionou os mesmos onze jogadores que venceram o Liverpool no início da competição, com uma exceção. O atacante polonês Arek Milik foi para o banco, com Dries Mertens entrando no seu lugar. O Napoli jogou na plataforma tática 4-4-2, que Ancelotti usa persistentemente nesta temporada. Allan e Marek Hamšík jogaram no meio, com Lorenzo Insigne do lado de Dries Mertens, no ataque.
Os primeiros dez minutos de jogo, foram de agressividade do Liverpool, com as ações ocorrendo no campo defensivo do Napoli, que tentou manter a calma e a paciência, e conseguia progredir no campo em alguns momentos, mas estes começaram a diminuir com o tempo. O time de Klopp deu ao Napoli muito pouco tempo com a bola, graças à uma transição defensiva perfeita. A maneira como os jogadores do Liverpool usaram a posse da bola, com passes para frente, incisivos, empurrou o time de Nápoles.
Muitos passes verticais do Liverpool foram controlados por Kalidou Koulibaly, dominante. Em mais de uma ocasião, ele teve que ajudar o lateral, M á rio Rui, para marcar Salah. Mas, aos 34 minutos de jogo, o time da casa abriu o placar. Mohamed Salah superou Mário Rui e, pela primeira vez na partida, conseguiu bater Koulibaly em um duelo na velocidade. Koulibaly antecipou que Salah cortaria para dentro com o pé esquerdo, mas Salah saiu para o lado de fora, e ganhou na corrida do no defensor senegalês. Com Salah, em seguida, possuindo a bola em um ângulo complicado para arrematar, David Ospina previu um passe cruzado, mas o egípcio colocou um chute seco. A bola se espremeu perto das pernas de Ospina, depois que ele se moveu erradamente de sua linha para interceptar uma assistência, que nunca veio.
Uma vez que o Liverpool assumiu a liderança do placar, houve uma ligeira mudança no comportamento do time da casa, pois agora os mesmos tinham uma vantagem que seria suficiente para passar de fase. O Napoli foi aumentando e mantendo a posse de bola mais sem muita contundencia, e dando espaços para a transição dos Reds. O segundo tempo teve o Napoli tentando circular a bola, mas com dificuldades para armar. Muitas vezes, o Liverpool pressionou alto com quatro jogadores, com Milner ou Wijnaldum se somandk aos atacantes. Roberto Firmino bloqueou linhas de passe para o eslovaco Marek Hamsik ou Allan, e isso permitiu ao time da casa pressionar ferozmente, já que Napoli raramente encontrava um homem livre.
Ancelotti começou a mudar as coisas, quando pôs Arkadiusz Milik, Piotr Zieliński e Faouzi Ghoulam em campo, mantendo a formação 4-4-2, com os jogadores substitutos ocupando os mesmos papéis que os jogadores que substituíram. O crescimento do Napoli se deu pela injeção de vigor e revitalização das peças, e Klopp reagiu a isso, introduzindo no jogo Keïta e Fabinho, nos lugares de Milner e Firmino. Salah virou atacante central, para que sua velocidade pudesse ser utilizada no contragolpe, e Keïta assumiu o papel de acionar ele e Sadio Mané, que perdeu várias grandes oportunidades para marcar.
No final do jogo, o Napoli criou suas chances para marcar, mas na melhor delas, Alisson parou chute de Milik, colocando o seu time no mata-mata do maior interclubes do futebol europeu.
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