Antes da grande final contra o Boca Juniors, o River Plate havia deixado Flamengo, Emelec e Santa Fé para trás na fase de grupos. Três gigantes, que podem muito bem ser considerados os maiores clubes de seus países. Depois passou pelos rivais de Avellaneda, tombando Racing e Independiente, atual campeão da Copa Sul-americana. Na semifinal, eliminou o Grêmio, então atual campeão da Libertadores. A derrota em Nuñez, contrastou com a grande atuação e vitória em Porto Alegre, na Arena tricolor.
No jogo de ida da final da Libertadores, o empate na Bombonera tornou a decisão final no Santiago Bernabéu ainda mais tensa, somada ao ocorrido em Buenos Aires, fora dos gramados. Sem Rafael Borré, suspenso, Gallardo apostou em um meio campo em linha, sem losango. O 4-1-4-1 teve Ponzio atrás de Enzo Perez e Palacios. Pity Martínez e Nacho Fernandez partiam da extrema o centro do campo, deixando a profundidade em amplitude para os laterais.
O River Plate teve a posse da bola e o comando das ações, propondo o jogo, mas errou demais nos gestos técnicos em campo ofensivo. O Boca Juniors de Schelotto atuou também no 4-1-4-1 com Barrios entre as linhas, Pablo Pérez e Nandez como volantes, e Pavón e Villa de extremos. Apostando num jogo muito direto, o contragolpe foi a arma xeneieze para abrir o placar. Após um passe de Nandez em transição, Benedetto deixou Maidana para trás e finalizou, inaugurando o marcador.
O River Plate, no segundo tempo, seguiu com a posse, e apostou na entrada de Juan Fernando Quintero, aberto pela direita, com Nacho Fernandez por dentro. Montiel passava no corredor, e as triangulações se tornaram uma importante arma. A entrada de Ábila, no lugar de Benedetto, tirou o contragolpe do Boca, que sofreu o empate, levando o jogo para a prorrogação. No tempo extra, Barrios foi expulso. Com Gago no lugar de Pablo Pérez, os xeneizes formaram duas linhas de quatro para marcar, mas acabaram sufocados.
Um golaço de Juan Quintero, num chutaço da entrada da área, virou jogo. O Boca Juniors foi para o tudo ou nada, e mais por pressão mesmo poderia ter empatado. Já com o goleiro Andrada no campo de ataque, saiu o gol de Pity Martínez, que selou a conquista milionária.
O River Plate de Marcelo Gallardo se sagra tetra campeão da América, somando o segundo título na era do treinador. Um projeto bem constituído ainda é fundamental, e a continuidade de idéias facilita a criação de uma hierarquia.
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