Desde o começo dos anos de 1990, o Barcelona com Johan Cruyff, Frank Rijkaard, e especialmente Pep Guardiola, criou uma imagem social de clube com estilo futebolístico mais refinado plasticamente do planeta. Por vários momentos, o Barça reuniu eficácia, eficiência, e plasticidade em seu jogo, ao contrário, por exemplo, do Real Madrid, que pensou sempre mais na conquista de títulos e formação de uma marca "Galática", do que com o bom futebol em si. Desde a base, o Barcelona possui um modelo de jogo pré-estabelecido, e esta foi a marca da era Guardiola. Mas de uns tempos para cá, após Bartomeu assumir a presidência blaugrana, a busca pelo resultado se tornou a marca da equipe principal, em detrimento do estilo característico. Contudo, o time, mesmo hegemônico na Espanha, só ganhou uma Champions League nessa era Bartomeu, enquanto o Real Madrid ganhou quatro.
Contudo, recentemente, o Barcelona de Ernesto Valverde, recentemente, parece tentar buscar esta volta às origens blaugranas. O aproveitamento de Aleña, a contratação de Arthur Melo, e agora de Frenkie de Jong, mostram que num futuro próximo, o time pode tentar voltar a pratica o jogo de posição que lhe caracterizava. A chegada de jogadores de maior força e capacidade de ruptura, em detrimento do jogo associativo, como ficou claro com as contratações de Paulinho, Vidal e, mais recentemente Kevin Boateng, mostra mais um clube tentando buscar soluções imediatas. Mas as vindas de Arthur Melo e de Jong, dois jogadores formados fora de La Masia, mas com muito "DNA Barcelona", mostram que há uma semente plantada.
Frenkie de Jong não pode ser um pivote jogando sozinho, mas o pode fazer sendo acompanhado, ou também atuar como um interior. Seu passe vertical e a capacidade de superar linhas rivais e ordenar as de sua equipe, foram a base da retomada vencedora do Ajax e da Holanda. Aos 22 anos, o garoto já falou que quer melhorar a finalização de média distância, e se tornar um atleta mais completo, algo fundamental para vencer na elite do futebol europeu.
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