A Alemanha em 1990, levou à Copa da Itália, uma das mais talentosas gerações de sua rica história. Foram sete jogos nos gramados italianos, com cinco vitórias, um empate e uma vitória nas penalidades, somando 15 gols marcados e apenas cinco sofridos.
Para se classificar ao Mundial, a Alemanha foi colocada no grupo 4 das eliminatórias europeias, e não teve dificuldades para conseguir sua vaga, ficando na segunda colocação, atrás da campeã européia Holanda. A Alemanha venceu três jogos e empatou os outros três, sendo dois justamente contra a Holanda, primeiro por 0 a 0 em Munique, depois em 1 a 1 em Roterdã. Rudi Völler foi o destaque do time com quatro gols, embora Matthäus, fosse a estrela. Em novembro de 1989, o país viu a queda do Muro de Berlim, que dividia o em Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental. Era o fim de uma era de sombras, algo que iluminaria o selecionado nacional rumo ao sonho de voltar ao topo do Futebol, após os vice-campeonatos em 1982 e 1986, perante Itália e Argentina, respectivamente.
Maior ídolo da história alemã, Franz Beckenbauer, capitão no título de 1974, foi o treinador. Ele levou à Copa, uma geração talentosa, armando o time em um 5-3-2, com Kohler, Augenthaler e Buchwald na zaga, Berthold e Brehme como alas que apoiavam forte e baixavam para compor a última linha em fase defensiva, Matthäus, Littbarski e Hässler no meio, e Klinsmann e Völler formando um ataque letal. Ainda haviam peças, como Riedle, Bein, Reuter e Möller, que quando chamados, davam conta do recado.
A Alemanha estreou na Copa fazendo 4 a 1 na Iugoslávia, com gols de Matthäus (2x), Klinsmann e Voeller. Depois, fez 5 a 1 nos Emirados Árabes Unidos, com gols de Voeller (2x), Klinsmann, Matthäus e Bein, e empatou em 1 a 1 com a Colômbia, com gol de Littbarski (Rincón descontou para os colombianos).
Nas oitavas-de-final, a Alemanha fez 2 a 1 na Holanda, com gol de Klinsmann e Brehme (Koeman marcou o tento holandês). Nas quartas-de-final, Matthäus fez o gol da vitória sobre a Tchecoslováquia, que precedeu a classificação nas penalidades contra a Inglaterra, nas semifinais. Na grande decisão, Brehme, que já havia marcado contra a Inglaterra, fez o gol que deu a vitória sobre a Argentina, consagrando o tricampeonato germânico de futebol.
Time-base: Illgner; Brehme, Kohler, Aughentaler, Buchwald e Berthold (Reuter); Bein (Littbarski), Matthäus e Hässler (Möller); Klinsmann e Völler (Riedle). Técnico: Franz Beckenbauer.