Após um período de mais de cinco anos, e muito sucesso no futebol italiano, o atacante argentino Gonzalo Higuaín, finalmente vai jogar na Premier League. O jogador de 31 anos é o pivô associativo que o Chelsea de Maurizio Sarri,técnico que fez uma ótima parceria com ele no Napoli, tanto precisava.
Maurizio Sarri pediu claramente a contratação de Higuaín. Seus outros centroavantes de elenco são bons, mas não para o atual sistema do Chelsea. Morata entrega movimentação, ruptura, mas não uma alta cota de gols, algo que Giroud até pode dar, mas não em um sistema associativo como este. Higuaín já entregou sob às ordens do italiano muitos gols, pulverizando recordes na Itália, e jogo associativo. O ‘Pipa’ deveria ter chegado em Stamford Bridge desde o começo da temporada atual, mas o Chelsea, com Roman Abramovich e Marina Granovskaia na direção, não gosta de contratar reforços para entregar resultado em curto prazo. Contudo, os resultados nesta primeira metade de temporada não foram os melhores, mesmo sem ter sido ruins, mas ficou bem claro que o problema da equipe estava em seu homem mais adiantado.
Com Morata e Giroud não entregando o necessário, Sarri passou a escalar Eden Hazard como "Falso 9", ficando sem o melhor extremo do elenco, e deixando fora de posição o mais talentoso jogador em atividade no futebol londrino. Higuaín, durante suas passagens por Napoli e Juventus, virou um atacante de grande capacidade para jogar de costas, apoiar a troca de passes pelo meio e pelos lados, desmontar defesas com desmarques e controles orientados, se caracterizando num atacante com entendimento do jogo acima da média. Seus gestos na finalização, se não são os melhores do planeta, ainda são bons, algo que ficava claro desde a época do Higuaín de rupturas frontais do Real Madrid e da seleção argentina. No Milan, só era gerado jogo quando Higuaín apoiava por dentro, mas após Sarri o requisitar, ele não hesitou em abandonar o Rossonero e assinar empréstimo de seis meses com o Chelsea, com opção de compra.
Se o Chelsea já tinha uma base de espinha dorsal para Sarri, com Kepa, David Luiz, Jorginho e Eden Hazard, ela foi completa com Higuaín. Sim, falta ao time mais "recheio". Os laterais espanhóis Azpilicueta e Marcos Alonso, o zagueiro alemão Rudiger, e até mesmo o volante francês Kanté e o extremo Pedro são peças bem encaixadas no Jogo de Posição Sarrista. Mas ainda falta um interior esquerdo e opções de grupo, especialmente mais um lateral-esquerdo, para tornar este projeto vencedor. Guardiola precisou de jogadores que encaixassem em suas ideias no Manchester City, assim como Klopp no Liverpool. Sarri também precisará disto no Chelsea.
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