O Japão é o primeiro finalista da Copa da Ásia 2019. O selecionado nipônico venceu o Irã, nesta Segunda-feira, na primeira das semifinais, e agora aguarda Catar ou Emirados Árabes na grande final, que está marcada para o dia 1º de fevereiro. O Japão não foi com sua força máxima para este torneio, priorizando a formação de uma base jovem, visando a curto prazo Tóquio-2020, e a longo prazo, a Copa do Mundo do Catar, em 2022. Mesmo assim, os resultados são acima das expectativas. Já o Irã vê o ciclo Carlos Queiroz chegar ao seu final, sem um título, algo que era merecido para coroar um dos mais sólidos trabalhos do último lustro no futebol internacional.
Como esperado, o jogo começou com o Japão mais possessivo, usando a plataforma tática 4-4-2 para defender, e o 4-2-3-1 para atacar, com o Irã menos possessivo e mais direto. A abordagem do Irã na marcação, se dava de maneira mais cautelosa, com linhas mais baixas, enquanto o Japão marcava de maneira mais agressiva. Para atacar, os japoneses buscavam acumular passes da zaga para o lado, com cautela, para depois centralizar novamente as jogadas. Encontrar espaço entre e intralinhas no Irã era tarefa árdua, o que exigiu trabalho aos japoneses. Já os iranianos, foram aos poucos arrumando saídas, se defendendo bem atrás, e buscando o jogo direto com Azmoun, chave contra Omã e China nas fases anteriores. O grande problema, é que se Azmoun leva vantagem física contra a maioria dos defensores asiáticos, o Japão é uma das seleções do continente com defensores mais fortes, especialmente no miolo de zaga, o que obrigava o delantero do Rubin Kazan a abrir e disputar sempre com os 'laterais rivais, se quisesse obter vantagem nas jogadas.
Mas, se era perfeito no posicionamento, o Irã pecou nas concessões individuais. E a partir delas, foram saindo os gols japoneses. A primeira concessão ocorreu quando Hossein Kanani e Minamino se chocaram na entrada da área, e os iranianos pararam para reclamar com a arbitragem, que nada marcou. Minamino não desistiu do lance, ao contrário da defesa iraniana, e conduziu a bola pela ponta esquerda. O cruzamento buscou a cabeça de Yuya Osako, que antecipou ao goleiro Alireza Beiranvand, que saiu mal do gol, para abrir o placar.
O Irã seguiu com seu jogo direto, e cavou muitas faltas próximas à área, buscando muito jogo físico. Numa boa cobrança de falta de Alizera Jahanbakhsh, Gonda fez uma ótima defesa. O Japão estava calmo em campo, usando bem as transições, e o Irã, com o passar do tempo, ficava cada vez mais nervoso. Num pênalti bobo, Osako cobrou para fazer 2 a 0. Antes, Minamino cruzou rasteiro para trás, e a bola bateu no braço de Pouraliganji, que dava um carrinho. Depois, em jogada individual, Haraguchi, nos acréscimos, saiu na cara do goleiro Beiravan e fechou o placar.
No comando técnico do Irã desde 2011, Carlos Queiroz confirmou que estará saindo do comando da seleção persa. O treinador de 65 anos deve se assumir a Colômbia. Como dito, o Japão agora aguarda o Catar, ou os Emirados Árabes na final. Contra os donos da casa, ou o país-sede da próxima Copa do Mundo, será favorito. Eliminou o Irã nas semifinais, a Ábia Saudita nas oitavas-de-final, e o bom Vietnã nas quartas. Viu China, Coréia do Sul e Austrália, começando novos trabalhos, caírem diante dos demais semifinalistas nas quartas, e agora está perto do seu terceiro título continental em 15 anos, e o quinto em cinco finais, com um projeto que pode render frutos ainda maiores, em breve.
0 Comentários