Desde que o bilionário Dimitry Rybolovlev passou por um processo de diminuição de sua fortuna, o Monaco, que em 2013 foi em busca de contratações estelares, mudou a sua política de contratações, passando a apostar na compra de jovens promessas e aproveitamento da base, para posteriores vendas por valores muito elevados. Durante a passagem de Leonardo Jardim pelo comando técnico monegasco, a filosofia deu certo, vivendo seu auge no decorrer da temporada 2016-2017, quando os Doges foram campeões da Ligue 1, e semifinalistas da UEFA Champions League, caindo diante da Juventus.

Já na temporada seguinte, no entanto, com a venda de Mbappé, Bernardo Silva, Mendy, e a maior parte da base vencedora, o rendimento caiu, e na temporada atual, os resultados iniciais foram devastadores, trazendo a demissão do técnico luso-venezuelano. Em seu lugar, assumiu Thierry Henry, ex-atacante do próprio Monaco, e um dos maiores futebolistas do século XXI. Henry teve dificuldades para mudar a cara da equipe de começo, com muitos jovens e poucas peças para criar mecanismo táticos efetivos. Por mais que o desempenho tenha melhorado, Henry orientou a diretoria à buscar reforços mais experimentados e qualificados, e o primeiro nome indicado por ele foi o do seu ex-companheiro de equipe no Arsenal, Cesc Fábregas, então meio-campista sub-aproveitado pelo técnico Murizio Sarri no Chelsea. Henry usou sua intimidade com Fábregas para o convencer à ir ao Principado, e deu certo. 

Mesmo ainda jovem, o russo Aleksander Golvin foi a grande contratação de começo de temporada, ao lado do experiente Nacer Chadli. Desta vez, para a zaga, chegou nesta janela de janeiro, aos 36 anos, Naldo. Reserva no Schalke 04, o zagueiro brasileiro vai trazer segurança, tranquilidade e experiência ao time de Henry. Ele assinou contrato é até 2020. Cesc Fàbregasde 31 anos, já defendeu Arsenal, Barcelona e Chelsea. Nos Blues, atualmente, só era titular nas Copas inglesas e na Liga Europa 2018/19, onde obteve mais de 91% de aproveitamento de passes por jogo. Vai levar muita qualidade para a companhia de Tielemans e Golovin, podendo melhorar ainda mais a criação, principal pecado da equipe, que além de ocupar zonas inferiores da tabela da Ligue 1 (passou o primeiro turno encravado na lanterna), também foi eliminado na fase de grupos da Champions League, onde viu Atlético de Madrid e Borussia Dortmund passarem de fase, e levou uma goleada do Brugge em pleno Louis II, e não pegou nem vaga na Liga Europa.

Como a janela ainda está na metade, mais nomes devem desembarcar em Monaco, trazendo maior qualidade para um projeto, que pelo que representa, não pode ser rebaixado facilmente.