Pelo segundo ano consecutivo, Mohamed Salah conquistou o prêmio de melhor jogador da Confederação Africana de Futebol. O atacante do Liverpool, que marcou 44 gols na temporada 2017-2018, e 16 em 29 partidas na temporada 2018-2019 (que está em andamento), superou Sadio Mané, seu companheiro de Liverpool, e Pierre-Emerick Aubameyang, do Arsenal, como no ano anterior, e era uma obviedade. 

Salah liderou o Liverpool na campanha de chegada à final da Champions League, quando se machucou no meio do jogo contra o Real Madrid, perdido pelos Reds por 3 a 1. Chegou lesionado à Copa do Mundo com o Egito, mas esteve na Rússia. Não coltou 100% ao Anfield, e começou a nova temporada pegando ritmo de jogo, mas também atuando mais centralizado, no 4-2-3-1 de Jurgen Klopp. Quando o time voltou ao 4-3-3, Salah também voltou à ponta direita. Contudo, os recúos de Firmino, e a companhia de Mané, o tornam integrante de um tridente letal, do qual ele é o expoente técnico. Seu poder de conduzir a bola e avançar contra qualquer zagueiro em velocidade, o torna uma arma profunda no 1x1, e uma quase certeza de gols.

O supracitado Sadio Mané ficou em segundo lugar, como prêmio pela sua temporada no Liverpool, e a participação na Copa do Mundo com Senegal. Ausente do Mundial da Rússia com o Gabão, Aubameyang ficou só na terceira posição. O zagueiro Koulibaly, do Napoli, parecia merecedor de um lugar no pódio, mas não levou. O marroquino Achraf Hakimi, lateral direito do Real Madrid emprestado ao Borussia Dortmund, levou o prêmio de melhor jogador jovem africano, enquanto Hervé Renard, técnico de Marrocos, foi eleito o melhor treinador do continente. A sul-africana Thembi Kgatlana, que joga no Houston Dash, foi eleita a melhor jogadora do ano, enquanto Desiree Ellis, técnica da seleção sul-africana, foi eleita a melhor treinadora. Elas conduziram à Africa do Sul à classificação para a primeira Copa do Mundo feminina na história, ao obter vaga para disputar o Mundial a ser realizado neste 2019, na França.

A seleção africana masculina de 2018, contou com o goleiro Dennys Onyango, de Uganda e do Mamelodi Sundowns, o lateral-direito Serge Aurier (Costa do Marfim), os zagueiros Koulibaly (Senegal), Bailly (Costa do Marfim) e Benatia (Marrocos), os meias Naby Keita (Guiné), Thomas Partey (Gana) e Mahrez (Argélia), e os atacantes Salah, Mané e Aubameyang.