Em 2000, França e Itália fizeram uma emocionante final de Eurocopa em Roterdã, na Holanda. O torneio continental, naquela edição, foi disputado em solo holandês e na Bélgica, naquela que foi a primeira vez em que um grande certame foi jogado em dois países. Atual campeã do Mundo, a França tentava mostrar que tinha uma geração dourada, e não foi um golpe de sorte seu título mundial de 1998. Já a Itália queria voltar a ganhar a Euro, 32 anos depois do título de 1968. Os franceses, haviam ganho a sua primeira Eurocopa em 1984, com uma atuação antológica de Michel Platini.
Enquanto a Itália havia avançado na primeira colocação do grupo B, que ainda tinha as seleções de Turquia, Bélgica e Suécia, com 100% de aproveitamento, e eliminado a Romênia nas quartas-de-final, e a Holanda nas semifinais, nos pênaltis, após um empate sem gols, a França havia avançado em segundo do grupo D, após vencer as seleções de Dinamarca e República Tcheca, mas perder para os holandeses por 3 a 2. Nas quartas-de-final, venceu a Espanha por 2 a 1, com gols de Zidane e Djorkaeff (Mendieta descontou para os espanhóis), e na semifinal, havia feito um embate também histórico com Portugal. Após um empate em 1 a 1 no tempo normal, onde Henry fez para os franceses, e Nuno Gomes para os portugueses, Zidane, cobrando pênalti na prorrogação, fez o gol que colocou a França na final da Eurocopa de 2000, onde duelou com a Itália.
Essa final da Euro de 2000, teve uma postura clara de cada equipe. A França tinha a bola, e saia com calma na defesa, buscando o lado esquerdo, onde concentrava a bola, até centralizar, cruzando ou buscando uma ruptura. Zidane ou Henry caíam sempre pelo setor canhoto, com o centroavante contrastando apoios e rupturas. A Itália buscava o jogo direto para Delvecchio, e só teve mais lucidez na frente quando Del Piero substituiu o extremo esquerdo Fiore. Dois minutos após ele entrar no jogo, o próprio Delvecchio abriu o placar para a Itália, que colocou Ambrosini e Montella em campo para tentar segurara bem o resultado, contrastando posse de bola e defesa de espaços. Contudo, a França arrancou o empate com Wiltord, que entrou no decorrer do jogo, aos 49min do 2º tempo, forçando a prorrogação.
Com menos poder de fogo por conta das alterações do técnico Dino Zoff, a Itália tentou atacar o máximo que pode no talento de Totti (eleito o melhor em campo nessa final) e Del Piero, mas foi a França quem balançou as redes. Aos 103 minutos, após mais uma jogada pela ponta esquerda, David Trezequet, outro jogador que não começou a partida mas entrou em campo, apareceu bem na área para de voleio, marcar o gol de Ouro, e dar o título da Euro 2000 para o selecionado que passou a defender após se naturalizar.