O Gegenpressing, é a combinação de uma palavra alemã, gegen, com a inglesa, pressing. Gegen significa “contra”, e pressing, "pressão". A tradução literal seria contra pressão contra, mas o gegenpressing é na verdade a pressão de uma equipe a partir do momento em que perde a bola no seu ataque posicional. Este conceito é antigo, mas de certa forma só foi afirmado, caracterizado, e popularizado, especialmente como conceito, pelo técnico alemão Jürgen Klopp ainda no Mainz 05, onde acabou evoluído posteriormente por Thomas Tuchel. Depois, Klopp expandiu este conhecimento, no Liverpool, e no Borussia Dortmund, onde Tuchel também trabalhou. Hoje, a Bundesliga é a liga do Gegenpressing, que em inglês ganhou o nome de "Counterpressing", e é usado em outras grandes ligas.
A base do Gegenpressing é impedir o contra-ataque do adversário, algo que não é novo. Mas, assim como o Jogo de Posição, o Gegenpressing tem bases antigas, mas só foi definido como conceito recentemente. Se Guardiola virou a cara do jogo de posição, mas não é seu pai, Klopp virou a cara do Gegenpressing. Seus times jogam para impedir o contra-ataque do adversário, quando perdem a bola lá na frente. Logo após a perda, um jogador vai até o rival que retomou a bola e ataca, sem lhe dar tempo de pensar, enquanto seus companheiros se posicionam para cortar as linhas de passe, também conhecidas como “passing lanes”, que são de fato as localizações onde os passes podem ser feitos, e a bola pode chegar. Assim, a intenção é criar um contra-ataque em cima de um contragolpe, o que tende a gerar um jogo cheio de transições. Mas, caso o rival não consiga bater a pressão, e nem perca a bola, ele tende a dar um passe longo, que pode ser um balão sem sentido, ou atrasar a bola para o goleiro. Após perder a bola, um jogador pode pressionar o portador da bola, ou andar para trás. Na contra pressão, a primeira opção é a executada.
O Gegenpressing exige muito preparo físico. Um jogador terá de dar vários piques após perder a bola, gerando uma sequência de pequenas corridas. Acima de tudo, o time precisará a todo momento trocar a chave mental do movimento ofensivo para o defensivo, e vice-versa. Assim, haverá cansaço mental, e físico, e o mental já tende a piorar com o cansaço físico. Será necessário um ataque com bola bem organizado, para facilitar e encurtar as distâncias na hora da contra pressão, e muita capacidade mental dos jogadores, para que o Conterpressing seja bem sucedido. O Barcelona de Guardiola, assim como o Bayern e o Manchester City, são exemplos de equipes onde o modelo foi muito bem mesclado, e com sucesso. A posse de bola e a contra pressão eram aliadas, e uma gerava a outra.
Um bom gegenpressing, depende de um bom balanço defensivo, com jogadores na frente da linha da bola, na base da jogada, e recuados. Uma transição defensiva feita com o gegenpressing deve durar 5 segundos. Há basicamente três tipos de Gegenpressing:
- Podemos ter um encurtamento com encaixes, com pressão individual no portador da bola e fechamento individual das linhas de passe pelos companheiros de equipe.
- Podemos ter só os fechamentos das linhas de passe.
- Podemos ter só encaixes individuais, com pressão, sem a equipe se desestruturar defensivamente, em busca da retomada do esférico. A equipe, também pode se desestruturar defensivamente, se assim achar melhor. Também é possível mesclar mais de um conceito de gegenpressing, tornando assim muito variável este conceito, e não o deixando exato.
Como há a necessidade de um bom nível físico, clubes grandes podem executar melhor este modo de jogar, mas os contextos e as circunstâncias, como em tudo no futebol e na vida, é que vão determinar se vai haver sucesso, ou não.