A Copa do Mundo de 1986, disputada no México, ficou conhecida como a Copa do Mundo de Diego Maradona. Com um time recheado de talentos dos times locais que dominavam a Libertadores, aliados à talentos que defendiam clubes europeus, o técnico Billardo, empregando uma filosofia quase que oposta à de Menotti em 1978, fez um time que foi para a Copa sob desconfiança, se tornar temido, e sair dela vitorioso.
A Argentina de Bilardo jogava em um 3-5-2 nato. Não haviam laterais, mas sim cinco meias, o que lhe ajudava a ganhar o meio campo em diversas situações. Além disto, não deixava de ter três defensores protegendo a área e arredores, e dois atacantes que apoiavam o meio durante todo o tempo.
A Argentina estreou nesta Copa do Mundo batendo a ascendente Coréia do Sul por 3 a 1. Na segunda rodada, tivemos um empate em 1 a 1 entre Itália e Argentina, com Maradona marcando para os Germânia, e Altobelli para os italianos. Na rodada final, a Argentina derrotou a Bulgária por 2 a 0, e a Itália derrotou a Coréia do Sul por 3 a 2, avançando junto com a seleção Campeã em 1978.
Nas oitavas-de-final, a Argentina derrotou o Uruguai por 1 a 0, com gol Pasculli aos 42 minutos do primeiro tempo. O forte time de Maradona, nas quartas de final, protagonizou um jogo emblemático com a Inglaterra, em que o Gênio escreveria de vez seu nome na História dos mundiais. A Inglaterra tinha uma grande equipe, com nomes como Lineker, Sansom e Waddle. Mas a Argentina não ficava atrás, com Brown, Sergio Batista e o Mágico quarteto de frente, formado por Maradona, Giusti, Burruchaga e Valdano. A partida foi realmente fantástica. Era o primeiro jogo entre as duas seleções após o começo da Guerra das Malvinas. E a Argentina entrou em campo com sangue nos olhos, querendo vingar seu país.
A Argentina abriu o placar com a primeira genialidade de Maradona. Ao ver que não ganharia do goleiro inglês pelo alto, ele levantou o Braço, e com a mão fechada, abriu o placar para o país sul-americano, enganando o árbitro tunisiano Ali Bin Nasser, no episódio que ficou conhecido como a "mão de Deus". Pouco depois, outra genialidade, mas esta incontestável. Diego arrancou do campo de defesa, driblou cinco jogadores ingleses, e marcou o segundo gol da albiceleste, naquele que é considerado até hoje o gol mais bonito da história das Copas, e talvez, da História do futebol. Lineker, ainda descontou para os ingleses, mas não fii capaz de apagar o brilho de Maradona e companhia.
A Argentina reencontrou a Bélgica nas semifinais, e venceu por 2 a 0 com mais dois gols de Maradona, vingando a derrota da primeira rodada da Copa do Mundo de 1982. No dia 29 de junho de 1986, no Estádio Azteca, a Argentina entrou em Campo para decidir mais uma Copa do Mundo, desta vez encarando o forte time alemão na grande decisão. A estratégia da Alemanha era basicamente parar Maradona. Para isto, colocou seu líbero, o grande Lothar Matthäus, em cima de Don Diego, que teve muitas dificuldades para atuar. Nada, no entanto, que fosse capaz de parar esta Argentina, que tinha além de um grande craque, uma grande equipe. Valdano, Brown e Burrochaga marcaram para o time, que mesmo com a Alemanha tendo chegado a empatar com Rummenigge e Voller, conquistou o seu bicampeonato de Copas.
Time-base: Pumpido; Brown, Cuciuffo, Ruggeri, Olarticoechea; Giusti, Batista, Maradona, Enrique; Burruchaga e Valdano. Técnico: Billardo.