O futebol feminino europeu vive uma temporada com partidas quebrando recordes de público, especialmente na Liga Iberdrola. Com duas vitórias por 1 a 0 sobre o Bayern de Munique, a primeira na Alemanha, a segunda na Catalunha, o Barcelona assegurou vaga na final da edição 2018-2019 da Champions League feminina. O Barça enfim vence essa barreira, e se torna a primeira equipe espanhola a chegar numa final de Champions feminina, mas o desafio será grande. O rival será o Lyon, atual tricampeão europeu.
O jogo de volta ocorreu no Miniestadi, tradicional palco do Barça B. Lieke Martens, holandesa de 26 anos, vencedora do prêmio da Fifa de melhor jogadora do mundo em 2017, ano que também foi campeã da Euro com a Holanda, pode mais uma vez fazer história. Letal ao atacar espaços em transição, ela foi o argumento tático de um Barça que precisava saber jogar em movimentos de defesa para o ataque. e não só em ataque posicional, como geralmente faz em cenários possessivos na Liga Ibredola.
O Miniestadi recebeu 12.674 pessoas para ver Lieke Martens protagonizar o lance que originou o pênalti, convertido por Mariona. Geralmente, o Barcelona joga na liga espanhola na plataforma tática 4-3-3, e na Liga dos Campeões, no 3-4-3, com diferenças sutis. O técnico Fran Sánchez sabe que sua equipe tem de se adaptar aos diferentes contextos, pois numa competição é o time a ser batido, e na outra não é o grande favorito ao título.
O futebol feminino espanhol cresce desde que passou a ser patrocinado pela Iberdrola, e hoje a Liga espanhola é uma das quatro mais fortes da Europa, atrás apenas da inglesa, da alemã e da francesa, e na frente da italiana e das escandinavas, por exemplo. Essa final do Barcelona, marca a consolidação do projeto.
Lyon supera Chelsea
A vitória em casa contra o Chelsea, foi vital para o Lyon conseguir a classificação à final da Champions League, pela quarta vez seguida. O clube francês busca o seu sexto título europeu, o quarto em sequência. Na volta, o Lyon segurou o empate por 1 a 1 com o Chelsea, e se classificou.
Com o 2 a 1 na ida em Lyon, as francesas tinham a vantagem, e a ampliaram com um gol de Eugénie Le Sommer, que teve um chute desviado. O Chelsea empatou o jogo com uma cobrança de falta de Ji So-Yun, mas precisava de outro gol para levar o jogo ao menos para a prorrogação, A liga inglesa, assim como a espanhola, precisava muito colocar um finalista na Champions, pois é uma das que mais cresce no continente.
Lyon e Barcelona fazem a grande final da Champions League feminina em Budapeste, na Hungria, dia 18 de maio, um sábado. A partida terá transmissão da ESPN.