A história do Futebol

Quem vê o Borussia Dortmund, imponente como é hoje, não sabe das dificuldades pelas quais o clube já passou. Após uma década de 1990 dourada, e um ótimo começo de Seculo XXI, os aurinegros quase foram a falência, após algumas decisões equivocadas, de alguns dirigentes.


Primeiro, na tentativa de competir com o Bayern, o BVB começou a pagar Super Salários, muitas vezes, para jogadores apenas medianos. Ainda acabou se equivocando, e ao tomar a decisão de fabricar o seu próprio material esportivo, levou grande prejuízo. Com o tempo, as dificuldades financeiras foram aparecendo, e o nível da equipe foi caindo. Não fosse uma injeção financeira da Liga, o clube talvez nem tivesse conseguido se manter, tinha era a complicação de sua situação.


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Depois de chegar a lutar contra a queda para a 2.Bundesliga, o BVB, em 2008, começou a se reestruturar a partir de dois nomes. O diretor de futebol Matthias Sammer, ex-ídolo do clube como jogador, e o recém contratado técnico Jurgen Klopp, vindo do Mainz, iniciaram um trabalho digno de conto de fadas.


Aproveitando jogadores da base, e pescando no mercado opções precisas e baratas, o Borussia Dortmund montou um time de respeito, e na temporada 2010-2011, voltou a disputar o título da Bundesliga. Klopp formou uma família e torno de si, e está família virou um timaço, quase imbatível em solo alemão. O estilo de jogo intenso, com vários jogadores na busca pela retomada da bola, ataques verticais e transições consequentemente rápidas, em um 4-2-3-1 que variava para o 4-1-4-1, foi um sucesso, e influenciou todo um continente.





O goleirão deste time era Roman Weindenfeller. Ele demorou para se firmar como um grande arqueiro, mas a partir desta temporada, se tornou a personificação da Muralha Amarela, debaixo das redes do Borussia. Nas laterais, o polonês Pisczek e o alemão Shmelzer eram extremamente eficientes, enquanto Subotic e Hummels, em seu auge, formavam uma zaga fantástica.

Começando o meio-campo, o turco Nuri Sahin era garantia de boa saída de bola, ao lado de Sven Bender. Na armação, Shinji Kagawa, contratado junto ao futebol japonês por uma pechincha, se converteu no grande craque da equipe. Um armador com excelente visão de jogo, capaz de desmontar defesas com um passe, e fazer a diferença. Ao seu lado, atuava Mario Gotze, outro atleta fantástico, demora habilidade, e formado na base aurinegros. Kevin Grosskreutz era o 12° jogador, e Lucas Barrios, o atacante.

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Com esta base, o Borussia Dortmund não deu chances para ninguém, assumiu a ponta da Bundesliga 2010-2011 ainda cedo, passou o carro pelos adversários, e foi campeão com uma pontuação recorde. A vitória sobre o Bayern, por 3 a 1 na Aianz Arena, com uma atuação fantástica, foi a grande mostra do poderio daquele time de Klopp, e mandou recado para toda a Europa.

Na temporada 2011-2012, o Borussia Dortmund acabou perdendo Sahin, que se transferiu para o Real Madrid. Para o seu lugar, veio Ikail Gundogan, um jogador ainda melhor. Lucas Barrios acabou se lesionando no meio da temporada, e perdeu a posição para Lewamdowski. O polonês, que já estava no elenco na temporada anterior, acabou se mostrando um centroavante completo, letal, e capaz de contribuir para a equipe como poucos no mundo.



Mais visado, o Borussia Dortmund acabou não fazendo uma boa Champions League, sendo eliminado na fase de grupos. Mas, mais uma vez fez uma Bundesliga Impecável. A disputa pela Salva de Prata foi mais acirrada, mas ela veio, sendo praticamente assegurada em uma vitória vital sobre o Bayern de Munique nas rodadas finais. Já a dobradinha, com a conquista da Copa da Alemanha, chegou após uma goleada de 5 a 2 sobre o time da Baviera na grande decisão. E o Bayern ainda teve de amargar o vice-campeonato da Champions, perdendo a final, na Allianz Arena, para o Chelsea, nos pênaltis ...



Para a temporada 2012-2013, Kagawa acabou se transferindo para o Manchester United. Seu substituto foi Marco Reus, um jogador de caraterísticas diferentes, mas de enorme qualidade. O time não perdeu nível, mas acabou tirando um pouco o pé do acelerador na Bundesliga, priorizando a Champions, onde fez uma campanha formidável, só sendo derrotado pelo Bayern na grande final, com um gol de Robben no último minuto. Após uma fase de grupos espetacular, o time aurinegro eliminou o Shakhtar Donetsk e o Málaga, antes de superar o Real Madrid, com uma goleada de 4 a 1 no Sinal Iduna Park, em jogo marcado pelo histórico Pokér de Lewandowski. A derrota de 2 a 0 no Bernabéu acabou não sendo nada. Ainda na fase de grupos, o BVB também havia batido o Real Madrid jogando na Alemanha, desta vez por 2 a 1.

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A partir da temporada 2013-2014, uma série de lesões e saídas acabou minando o time do Borussia. Em temporadas diferentes, Gotze, Lewandowski e Hummels foram para o Bayern. Sahin, Kagawa, e o próprio Gotze, acabaram voltando. Jurgen Klopp deixou o comando da equipe em 2015, e hoje treina Liverpool.

O clube, no entanto, segue forte, fazendo boas análises no mercado e captando jogadores jovens e baratos, o que o mantém entre os mais fortes da Alemanha e da Europa.


Time-base: Weidenfeller; Pisczek, Humells, Subotic e Shmelzer; Sahin (Gundogan), Sven Bender (Kehl), Kagawa (Reus), Gotze, Grosskreutz e Lewandowski. Técnico: Jurgen Klopp.