O Manchester City encontrou dificuldades para criar chances de gol contra a defesa bem fechada do United no primeiro tempo, e teve alguns problemas menores no contra-ataque devido à velocidade dos atacantes rivais. No entanto, uma vez que encontrou o seu gol na segunda parte do jogo, graças à Bernardo Silva, o City teve relativamente pouca dificuldade, ampliou com um segundo gol de Leroy Sané, e apenas administrou a vantagem contra um United sem argumentos para reagir em desvantagem.
O Manchester United começou este Manchester Derby, tendo perdido seis dos últimos oito jogos em todas as competições, desde a dramática vitória sobre o PSG. Ole Gunnar Solskjær montou sua equipe num 5-3-2, com Jesse Lingard sendo o companheiro de Marcus Rashford no ataque. Já o City, precisava de uma vitória para chegar ao topo da tabela com três jogos pela frente. Pep Guardiola fez três mudanças na equipe, com Vincent Kompany entrando na defesa, no lugar de John Stones, e no meio-campo, Fernandinho e David Silva substituíram Kevin De Bruyne e Phil Foden, no habitual 4-3-3 do City.
O City começou no jogo, mas aos poucos se assentou contra a pressão do time da casa. Isto foi em grande parte devido à facilidade com que o City conseguiu escapar da pressão através pelos seus zagueiros. O United se fechou bem num 5-3-2, mas o Manchester City é especialista em achar linhas de passe atrás das linhas de marcação do rival. Rashford e Lingard tentavam marcar Fernandinho e Ederson, enquanto Pereira e Pogba pressionavam Kompany e Laporte na saída de bola. Contudo, com medo de dar espaços para İlkay Gündoğan e David Silva, eles não agrediam muito, e aguardavam mais.
A resistência do United se dava quando marcava em blocos baixos, e só era superado quando as jogadas individuais de Bernardo Silva e Raheem Sterling, entravam. Os atacantes do time vermelho e branco também conseguiam progredir em transição, e acionar Rashford com bolas longas. Para impedir as saídas longas, David Silva acabou se aproximando de Fred.
Para o City, o segundo tempo não começou muito bem, já que Fernandinho foi forçado a sair de campo por lesão, após alguns minutos. Ele foi substituído por Leroy Sané, com Sterling indo para a extrema direita, e Bernardo Silva para o meio-campo central, para que Sané pudesse entrar na extrema esquerda. Apesar de perder Fernandinho, o City, com a adição de Sané, pelo menos teve um impacto positivo no jogo. O alemão era uma ameaça com seu drible, pois sua velocidade é uma arma para quebrar encaixes de marcação, e executar diagonais com os apoios de Aguero ao meio liberando espaços, além de arrastar Darmian do lugar. Bernardo Silva, em um bom chute, venceu De Gea, e Sané ampliou, garantindo a vitória do Manchester City por dois gols de diferença, sem sofrer tentos. O time só teve de administra o placar para sair de campo com o triunfo.
O resultado marca o United, por ter perdido sete de seus últimos nove dérbis pela primeira vez desde 1962. Para sua sorte, rivais diretos também tropeçaram recentemente, o que deixará o jogo deste fim de semana, em casa, contra Chelsea, como uma oportunidade para tirar algo desta temporada. Já o City agora tem três jogos decisivos nessa reta final de Premier League, no momento sendo líder, superando o Liverpool por um ponto. O Liverpool terá que jogar contra o Barcelona duas vezes nas próximas semanas, enquanto o City está livre do peso de jogar competições da UEFA após ser eliminado da Champions pelo Tottenham, e só vai jogar a final da FA Cup, uma semana depois do fim da Premier League. Será um duelo de Titãs, entre duas das três melhores equipes da temporada européia, mas só uma vai ficar com a taça.