Dizer que a história só conta os fatos vividos pelos vencedores, é mentir. Os vencedores sempre serão lembrados, mas há outros meios de movimentr a ilusão, e uma delas é encantando. Neste sentido, a seleção brasileira de 1982 encantou, mais do que seu algoz, a Itália, que também acabou campeã da Copa do Mundo naquele ano. O time, treinado por Telê Santana buscava misturar conceitos da ocupação de espaço da Holanda de 1974, com a liberdade de movimentação e a intuição do futebol brasileiro. O resultado foi um jogo agradável, feito para vencer, mas que acabou por transcender.
A seleção de 1982 buscou muito de seu jogo no Flamengo, naquela altura campeão Mundial, da Libertadores, brasileiro e carioca. Os laterais Leandro e Júnior, ambos do clube carioca, apoiavam de maneira simultânea, mas contracorrente, atacavam muito por dentro. Telê utilizou Zico como “falso 10”, e trabalhou com Paulo Roberto Falcão e Toninho Cerezo alternando obrigações, atacando e defendendo. Na frente, Éder Aleixo era o ponta pelo lado esquerdo, e tinha a obrigação de dar amplitude pelo lado canhoto, enquanto Sócrates ficava próximo do outro flanco, mas vinha para o meio, e deixava Zico, Falcão e Cerezo se revezando ao atacar por ali.
Na prática, oito homens brasileiros eram responsáveis por circular a bola e abrir espaços, com o centroavante Serginho Chulapa, e o zagueiro Oscar como jogadores mais físicos, e o goleiro Waldir Peres debaixo das traves. Até o outro zagueiro, Luizinho, conduzia muito a bola, na ideia de arrumar espaços na defesa rival.
A estreia brasileira naquele Mundial, não foi boa, apesar da vitória por 2 a 1 sobre a União Soviética. Depois disto, a seleção bateu Escócia e Nova Zelândia na primeira fase de grupos. Aquela Copa do Mundo de 1982 não teve o mata-mata tradicional. Depois disto, foram-se formados quatro grupos com três seleções. O Brasil ficou no Grupo 3, ao lado de Itália e Argentina. Contra a albiceleste de Maradona, o Brasil venceu por 3 a 1. A campeã do Mundo de 1978 e 1986 também perdeu para os italianos por 2 a 1. Por conta do melhor saldo de gols, o Brasil jogava por um empate contra a Itália, para se classificar para as semifinais. Ela crise, a seleção de Zoff, Cabrini, Scirea e Gentile, precisava vencer.
O jogo entre Brasil e Itália começou com as duas equipes buscando o ataque. Logo no começo, a Itália teve uma chance desperdiçada por Rossi, que errou o arremate. Na segunda chance, porém, ele não deu perdão. Após jogada de Conti pela direita, Cabrini teve liberdade pela esquerda, e cruzou. O centroavante italiano Paolo Rossi, sozinho, apareceu na área para cabecear, sem chances de defesa para o goleiro brasileiro Waldir Perez, logo aos 5 minutos de jogo. Apesar de atacar em um 4-3-3 torto, o Brasil defendia em uma espécie de 4-2-3-1, onde só Éder realmente baixava marcando com mais intensidade pelo setor esquerdo.
O Brasil foi em busca do empate, e manteve a posse na maior parte do tempo, permanecendo no campo italiano. Logo na sequência, Serginho teve uma chance clara, mas desperdiçou, mesmo cara a cara com o goleiro Dino Zoff. Contudo, ainda na primeira etapa, Zico fez uma grande jogada individual, e pifou Sócrates na cara do gol, deixando tudo igual, aos 12 minutos de jogo.
Aos 25 minutos, Cerezo errou um passe na saída de bola, e Rossi se antecipou para roubar a bola, conduzir, chutar, e colocar q Itália novamente em vantagem no marcador. Precisando marcar, o Brasil voltou a pressionar. Em um lance polêmico, Gentile puxou a camisa de Zico na área, e chegou a rasgá-la, mas o jogo já estava paralisado, pois Zico estava impedido. A Itália procurou muito mais trancar o jogo, do que ampliar sua vantagem, e manteve o placar favorável até o fim do primeiro tempo.
No segundo tempo, o Brasil começou, novamente, pressionando. Criou algumas oportunidades, até que aos 23 minutos, Júnior veio pelo meio, e acionou Falcão, na entrada da área. O jogador da Roma viu Cerezo infiltrando pela direita, e fingiu que ia passar, enganando o marcador, já que chutou forte, de pé esquerdo, para empatar. Pensando já em melhorar a recomposição de seu time, Telê Santana mandou o ponta-direita Paulo Isidoro ao campo, passando Sócrates para o centro do ataque. Mas, aos 30 minutos, após uma cobrança de escanteio, Paolo Rossi desviou, e fez o terceiro gol italiano.
Após o gol, o Brasil passou a buscar ainda mais seu gol. Em uma cabeçada de Oscar, Zoff salvou a Itália, que teve um gol mal anulado pela arbitragem, mas segurou a vitória até o final, avançando e eliminando o Brasil, que terminou assim a Copa no 5º lugar. A Itália foi campeã deste Mundial, batendo a Polônia nas semifinais, e a Alemanha, por 3 a 1, com muita autoridade, na grande decisão.
Imagem: FIFA
A seleção de 1982 buscou muito de seu jogo no Flamengo, naquela altura campeão Mundial, da Libertadores, brasileiro e carioca. Os laterais Leandro e Júnior, ambos do clube carioca, apoiavam de maneira simultânea, mas contracorrente, atacavam muito por dentro. Telê utilizou Zico como “falso 10”, e trabalhou com Paulo Roberto Falcão e Toninho Cerezo alternando obrigações, atacando e defendendo. Na frente, Éder Aleixo era o ponta pelo lado esquerdo, e tinha a obrigação de dar amplitude pelo lado canhoto, enquanto Sócrates ficava próximo do outro flanco, mas vinha para o meio, e deixava Zico, Falcão e Cerezo se revezando ao atacar por ali.
Na prática, oito homens brasileiros eram responsáveis por circular a bola e abrir espaços, com o centroavante Serginho Chulapa, e o zagueiro Oscar como jogadores mais físicos, e o goleiro Waldir Peres debaixo das traves. Até o outro zagueiro, Luizinho, conduzia muito a bola, na ideia de arrumar espaços na defesa rival.
A estreia brasileira naquele Mundial, não foi boa, apesar da vitória por 2 a 1 sobre a União Soviética. Depois disto, a seleção bateu Escócia e Nova Zelândia na primeira fase de grupos. Aquela Copa do Mundo de 1982 não teve o mata-mata tradicional. Depois disto, foram-se formados quatro grupos com três seleções. O Brasil ficou no Grupo 3, ao lado de Itália e Argentina. Contra a albiceleste de Maradona, o Brasil venceu por 3 a 1. A campeã do Mundo de 1978 e 1986 também perdeu para os italianos por 2 a 1. Por conta do melhor saldo de gols, o Brasil jogava por um empate contra a Itália, para se classificar para as semifinais. Ela crise, a seleção de Zoff, Cabrini, Scirea e Gentile, precisava vencer.
O jogo entre Brasil e Itália começou com as duas equipes buscando o ataque. Logo no começo, a Itália teve uma chance desperdiçada por Rossi, que errou o arremate. Na segunda chance, porém, ele não deu perdão. Após jogada de Conti pela direita, Cabrini teve liberdade pela esquerda, e cruzou. O centroavante italiano Paolo Rossi, sozinho, apareceu na área para cabecear, sem chances de defesa para o goleiro brasileiro Waldir Perez, logo aos 5 minutos de jogo. Apesar de atacar em um 4-3-3 torto, o Brasil defendia em uma espécie de 4-2-3-1, onde só Éder realmente baixava marcando com mais intensidade pelo setor esquerdo.
O Brasil foi em busca do empate, e manteve a posse na maior parte do tempo, permanecendo no campo italiano. Logo na sequência, Serginho teve uma chance clara, mas desperdiçou, mesmo cara a cara com o goleiro Dino Zoff. Contudo, ainda na primeira etapa, Zico fez uma grande jogada individual, e pifou Sócrates na cara do gol, deixando tudo igual, aos 12 minutos de jogo.
Aos 25 minutos, Cerezo errou um passe na saída de bola, e Rossi se antecipou para roubar a bola, conduzir, chutar, e colocar q Itália novamente em vantagem no marcador. Precisando marcar, o Brasil voltou a pressionar. Em um lance polêmico, Gentile puxou a camisa de Zico na área, e chegou a rasgá-la, mas o jogo já estava paralisado, pois Zico estava impedido. A Itália procurou muito mais trancar o jogo, do que ampliar sua vantagem, e manteve o placar favorável até o fim do primeiro tempo.
No segundo tempo, o Brasil começou, novamente, pressionando. Criou algumas oportunidades, até que aos 23 minutos, Júnior veio pelo meio, e acionou Falcão, na entrada da área. O jogador da Roma viu Cerezo infiltrando pela direita, e fingiu que ia passar, enganando o marcador, já que chutou forte, de pé esquerdo, para empatar. Pensando já em melhorar a recomposição de seu time, Telê Santana mandou o ponta-direita Paulo Isidoro ao campo, passando Sócrates para o centro do ataque. Mas, aos 30 minutos, após uma cobrança de escanteio, Paolo Rossi desviou, e fez o terceiro gol italiano.
Após o gol, o Brasil passou a buscar ainda mais seu gol. Em uma cabeçada de Oscar, Zoff salvou a Itália, que teve um gol mal anulado pela arbitragem, mas segurou a vitória até o final, avançando e eliminando o Brasil, que terminou assim a Copa no 5º lugar. A Itália foi campeã deste Mundial, batendo a Polônia nas semifinais, e a Alemanha, por 3 a 1, com muita autoridade, na grande decisão.
Imagem: FIFA