O goleiro Adrián estava sem clube, após o fim do seu contrato com o West Ham, aos 32 anos. Entretanto, com a saída de Simon Mignolet para o Club Brugge, e a lesão de Alisson, na primeira rodada da Premier League, o Liverpool precisava de um goleiro reserva e foi atrás dele, que treinava apenas na Espanha. Adrián foi titular do time na Supercopa da Europa, realizada nesta quarta-feira, em Istambul. E foi com seus pés, que defendeu o pênalti final, e garantiu o segundo título europeu no ano, o segundo da eta Jürgen Klopp em Anfield. Também foi o segundo título dos Reds em Istambul, após a Champions de 2005. A conquista veio nos pênaltis, após empate por 2 a 2 com o Chelsea no tempo regulamentar e na prorrogação.
O Chelsea 2019-2020 é uma tremenda incógnita. Sem poder fazer contratações, ainda teve a saída de Hazard, a perda do técnico Maurizio Sarri, e a chegada do novato Frank Lampard. No Domingo, havia sofrido uma goleada de 4 a 0 para o Manchester United em Old Trafford, o que aumentava a pressão. Em Istambul, o Chelsea foi melhor em execução de proposta do que o Liverpool. Terminou controlando o primeiro tempo, conseguiu amenizar os efeitos da pressão alta rival no segundo, e criou situações de gol, durante os 120 minutos.
O time de Frank Lampard conseguiu vencer nas bases tácticas o duelo por espaços. Os "blues" usaram a plataforma tática 4-1-4-1, marcando em bloque médio, enquanto que com a bola, combinava saídas por baixo, con jogo direto para Olivier Giroud. Nos primeiros minutos, o time até teve problemas, com algumas perdas em campo próprio, contra a pressão do Liverpool, e sem controlar a profundidade de Andrew Robertson pela esquerda. Milner baixava bem a sua posição na saída de bola, para favorecer as subidas do escocês. Para superar estes problemas, o Chelsea deixou de passar a bola por Jorginho na sua saída de jogo, para buscar diretamente Giroud.
Neste sentido, N´Golo Kanté cresceu no jogo, subindo para ganhar a segunda bola diversas vezes, e somando roubos em campo rival. O Francês também criou com bola, como ficou claro no primeiro gol do Chelsea. Também foram importantes os extremos, Pulisic e Pedro, participando constantemente do jogo por dentro, e somando com conduções, dribles, e infiltrações. Sendo claramente superado, o Liverpool apenas somou saídas de jogo com Matip e Van Dijk, imponentes com, e sem a bola.
O ingresso de Roberto Firmino no intervalo, no lugar de Oxlade-Chamberlain, recolocou Mané na ponta esquerda. E logo no começo do segundo tempo, um rebote ganho por Fabinho, deixou Firmino em boas condições na área, e o mesmo assistiu Mané, para o empate. Os apoios de Firmino geravam passes para as rupturas de Salah e Mané, desmontando as linhas azuis, e remodelando o jogo.
Mané acabou buscando rupturas nas costas de Azpilicueta. O Chelsea, passou a depender das conduções de Christian Pulisic, e posteriormente, das recepções entre linhas de Mason Mount. Mas o Liverpool controlava mais a partida, e só não virou no tempo normal, por conta de uma grande defesa de Kepa Arrizabalaga.
Na prorrogação, o ingresso de Alexander-Arnold deu profundidade pelo lado direito do ataque. Aí, apareceu Kurt Zouma, ajudando Emerson nas coberturas. Após um perda de bola de Pedro, e uma saída rápida liderada por Sadio Mané e Firmino, o Liverpool chegou ao 2 a 1. Na sequência, Jorginho encontrou uma ruptura de Pedro, que acabaria gerando o pênalti do 2 a 2. O jovem Tammy Abraham foi quem gerou o pênalti, também somando com apoios para a equipe em campo.
Num 2 a 2 que poderia ter tido um vencedor, a Supercopa 2019 foi decidida nos pênaltis. Aí, brilhou a estrela de Adrián San Miguel, que defendeu o pênalti cobrado por Abraham, e levando a conquista para Anfield Road.
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