O Flamengo venceu o River Plate de virada, por 2 a 1, e conquistou seu segundo título de Libertadores na história. Anteriormente, o Flamengo só havia conquistado a Copa Libertadores em 1981, sob a estrela do grande Zico, o maior ídolo de sua história. Mais de trinta anos depois, Jorge Jesus levou o Flamengo ao topo da América, com um estilo de jogo espetacular de posse de bola, em ritmo acelerado e uma marcação pressão asfixiante. No mesmo final de semana em que foi confirmado campeão do Brasileirão 2019, graças aos resultados paralelos, o Flamengo bateu o River Plate, que muito bem organizado por Marcelo Gallardo, é a grande força da competição nos últimos cinco anos. E, ironicamente, depois de meses superando adversários, o Flamengo derrotou o River em uma partida em que ele foi superado.
Ambas as equipes entraram em campo com seus onze melhores jogadores. O Flamengo usou a sua formação 4-2-2-2 de sempre, com o goleiro Diego Alves, os zagueiros Pablo Marí e Rodrigo Caio, e fechando a defesa, os laterais Filipe Luis e Rafinha. O meio-campo contou com os volantes Willian Arão e Gerson, os meias Éverton Ribeiro e Giorgian De Arrascaeta, e o ataque teve Gabigol e Bruno Henrique. Enquanto isso, o River usou o seu 4-4-2, com o goleiro Franco Armani, os zagueiros Lucas Martínez Quarta e Javier Pinola, e os laterais Gonzalo Montiel e Milton Casco formando a defesa. O meio teve Enzo Pérez e Exequiel Palacios por dentro, enquanto Nacho Fernández e Nicolás de la Cruz desempenharam os papéis de jogar pelos lados, e na frente, estavam os atacantes Rafael Santos Borré e Matías Suárez.
Apesar do Flamengo ter a bola a maior parte do tempo, Gallardo e seu River conseguiram implementar efetivamente um plano premente, para interromper a fase de construção. Funcionou tão espetacularmente, que a ofensiva mais forte da América do Sul deu um único tiro ao gol em 45 minutos de primeiro tempo. O River marcou o Flamengo com encaixes na zona. Palacios pressionou Gerson, e os meias abertos marcaram de perto os laterais flamenguistas, deixando o time de Jorge de Jesus sem opções na saída de bola. Sem jogar pelos lados, já que seus laterais gostam de atacar por dentro, e seus meias também, o Flamengo foi encaixotado, enquanto o River atacava bem apostando nos desmarques de seus atacantes, e encontrava espaços para criar, e finalizar.
Com Gerson dominado, no segundo tempo, Jesus optou por substituí-lo no 66º minuto de jogo por Diego Ribas. Gallardo seguiu o exemplo e substituiu um cansado Nacho Fernández por Julián Álvarez no 69 º minuto de jogo, bem como acabou por trocar Borré por Lucas Pratto, no 75º minuto. Sem os desmarques de Borré ao espaço, o Flamengo passou a impedir o River de ganhar a segunda bola, e conseguiu jogar mais pelos lados, com Everton Ribeiro e Filipe Luís. Jorge de Jesus sacou Arão, colocou Lincoln e Vitinho em campo, e passou a ter vários atacantes no terço final de campo, e Diego criando na base da jogada, junto de Rafinha.
O Flamengo encurralou um River Plate, que se encolheu. O Mengão passou a chegar ao terço final de campo, e com a qualidade que possui, criou suas ocasiões, que vieram na prática em roubos de bola na defesa, que resultaram em transições rápidas. Diego e Bruno Henrique leram bem os espaços para servir, e Arrascaeta e o próprio Diego, colocaram Gabriel Barbosa, o Gabigol, duas vezes em condições de marcar, nos minutos finais. O mesmo não desperdiçou, marcou os gols da virada Flamenguista, e deu a segunda Libertadores ao Rubro-Negro carioca, que se torna o primeiro clube na história, a conquistar a Libertadores e o Campeonato Brasileiro de Futebol no mesmo ano.
O caminho até a final:
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