Marseille 1x0 Milan: a primeira final da Champions League

A temporada 1992-1993, foi a primeira em que a Copa dos Campeões passou a se chamar UEFA Champions League. Sua grande decisão ocorreu no dia 26 de maio de 1993, no Olympiastadion, em Munique, na Alemanha, envolvendo dois Gigantes: de um lado, o Olympique Marseille, do outro, o Milan, que havia conquistado a CdC em 1989 e 1990. As duas equipes eram das que mais gastavam no futebol pré-Lei Bosman, e esses investimentos ajudaram a consolidar o mercado europeu, como ele é hoje.

O Milan já não tinha mais Arrigo Sacchi no comando, e era treinado por Fabio Capello, enquanto o Marseillt, era treinado por Raymond Goethals. Mas, as duas equipes faziam um jogo direto, apostando na disputa pelas segundas bolas, e jogavam com linhas altas, forçando o impedimento, como Sacchi ensinou no futebol pré-mudanças de regra. O Marseille atuava em um 5-3-2/5-2-3, com Deschamps, Abedi Pelé e Völler assumindo posições assimétricas. Enquanto Pelé era o extremo direito que fechava no meio, Deschamps e Suzeé eram os meias que apoiavam mais o ataque, com Völler caindo do meia para a esquerda, e do lado para o meio, buscando rupturas e tabelas. Alen Bokšić, era a referência no ataque.

Já o Milan seguia jogando no 4-4-2, e tinha os meias Lentini e Donadoni abertos, com Massaro e van Basten no ataque, e Rijkaard e Demetrio Albertini como volantes. Tassoti era o lateral pela direita, Maldini pela esquerda, e Baresi e Costacurta os zagueiros, com Rossi no gol. Esse Milan, mesmo sem Ruud Gulit, jogava muito no pivô de van Basten, subindo para pressionar e roubar alto. Sua linha de defesa era alta, mas mesmo assim a equipe não sofreu tanto com Bokšić e Völler, e sim com Abedi Pelé. Foi ele quem incomodou Maldini o tempo todo, e cavou e cobrou o escanteio onde o líbero Boli subiu mais alto que todos, para fazer o tento da vitória do OM, dando ao time aquele que é o único título europeu de um clube francês.

No restante da partida, o Milan teve seu jogo pelos lados controlado pelos alas Angloma e Di Meco, que também limparam bem a área dos cruzamentos laterais do Milan, e junto de Boli, e de Desaily. Bastou ao OM controlar o desempenho milanista, para comemorar.