Um jogo de grande nível, com duas equipes atuando de maneira esplêndida, e uma exibição do vencedor. Assim podemos definir a grande final da UEFA Champions League 2010-2011, realizada no dia 28 de maio de 2011, em Wembley, na cidade de Londres. Procurando controlar as ações e ditar o ritmo, desde o primeiro minuto, o time treinado por Pep Guardiola superou os comandados de Sir Alex Ferguson, vencendo por 3 a 1, e conquistando a quarta taça de Champions da agremiação blaugrana.
Contrariando o que a maioria das equipes faziam, o Manchester United adiantou linhas de marcação, tentando conter o rival que havia lhe superado em Roma, dois anos antes. A intenção pode ter sido boa, mas com Mascherano, Piqué, e Busquets na base da jogada, pressionar aquele Barça não era uma boa. O 4-1-4-1 dos Red Devils foi mantido, com Rooney por trás de Chicharito, buscando conter justamente a saída de bola culé, e duas linhas de quatro jogadores mais atrás, com o sul-coreano Park como extremo esquerdo, na busca por conter os avanços do lateral-direito rival, Daniel Alves.
O grande ponto falho do United foi ter dado muito campo para o Barcelona no terço final. Foi assim que, após uma pressão superada, Iniesta foi acionado pelo setor interior esquerdo. O extremo direito Pedro, fez a diagonal para o espaço deixado pelo "falso 9" Lionel Messi, que foi trabalhar a jogada no meio, e recebeu já cerca do gol, abrindo o placar. Os Red Devils não alteraram muito o seu plano, e alcançaram a igualdade com Rooney, num bom chute, ainda no primeiro tempo.
Contudo, a vitória do Barcelona parecia questão de tempo. Pressionando alto, roubando em zonas adiantadas, e construindo um ataque em cima do outro, e golaços de David Villa, e Lionel Messi consumaram a vitória por 3 a 1, de um Barcelona que jogava por música. A jogada era gerada de maneira primorosa desde a base, com Xavi buscando a bola junto à Busquets e ordenando ritmos, e Messi, um achado como "Falso 9", baixando ao meio para gerar superioridade no setor da bola, e melhorar a armação. O espaço deixado por ele, quando acabava por ir trabalhar entre as linhas, era aproveitado por um dos extremos, que faziam a diagonal. Já as beiradas eram ocupadas pelos laterais ou Iniesta nestes momentos. Com Daniel Alves apoiando pela direita, surgiam associações que geravam muitos gols. Não era um time de posses longas, mas de retomadas rápidas, que o tornavam mais avassalador ainda. Com Xavi, Busquets e Messi unindo o time em torno da bola, a pressão pós perda era mais eficiente.
Este jogo, assim como aquele Barcelona de Guardiola, são coisas que deixaram saudades para sempre, e hoje são só lembranças, na memória do aficionado pelo bom futebol.
Ficha Técnica:
Final - Champions League 2010/2011: Barcelona 3 x 1 Manchester United
Escalações:
Barcelona: Valdes; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Abidal; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro, Messi e Villa. Técnico: Pep Guardiola.
Manchester United: Edwin van der Sar; Fábio, Ferdinand, Vidic e Evra; Valencia, Carrick, Giggs e Park; Rooney e Chicharito. Técnico: Alex Ferguson.
Árbitro: Viktor Kassai (HUN)
Local: Wembley , Londres, Inglaterra
Artilheiro: Lionel Messi (Barcelona) – 12 gols