Tivemos neste dia 21 de Dezembro, a grande final do Mundial de Clubes 2019, reunindo o Campeão Sul-Americano e o campeão Europeu. O Flamengo conquistou os títulos do Campeonato Brasileiro e da Libertadores da América no mês passado, enquanto o Liverpool é o campeão da Champions League e da Super Copa da Europa, além de líder da Premier League. Além disso, as duas equipes gostam de jogar com intensidade, triangulações e velocidade, o que deixava o hype para a partida alto.
O Liverpool começou melhor a partida, com Arnold, Gomez, van Dijk, Robertson e Henderson, buscando bolas longas, para os atacantes, nas costas dos defensores do Flamengo, e conseguindo ativar seus delanteros em profundidade. O Flamengo usou muito a sua marcação pressão na saída de bola contra os Reds, e conseguiu ativar muito Bruno Henrique em velocidade, o que obrigou aos poucos o Liverpool a reforçar a transição defensiva, e atacar com menos nomes.
Se o Flamengo equilibrou o jogo no primeiro tempo, no segundo, o Liverpool passou a atacar, mesmo que não com muitos homens, e gerar situações de gol. Quando não era possível sair jogando com a bola pelo chão, o Liverpool não hesitou em usar as bolas longas, e a associação entre seus atacantes e laterais, com os meias, Keita e Ox Chamberlaim, hora abrindo também, hora infiltrando. O Liverpool usou a sua tradicional pressão pós-perda (gegenpressing), e conseguiu muitas recuperações desta forma, especialmente gerando uma boa pressão no segundo tempo.
Após as saídas de Éverton Ribeiro e Arrascaeta, o Flamengo perdeu em intensidade no ataque, não conseguindo manter a posse de bola. Mesmo assim o jogo foi para a prorrogação, onde um gol de Firmino assegurou o título para a equipe inglesa, que conquista um Mundial de Clubes pela primeira vez em sua história.
O Liverpool foi melhor no segundo tempo e na prorrogação, em muito por ter tido uma maior intensidade física no decorrer dos 120 minutos. Enquanto se equiparou fisicamente aos Reds, o Flamengo conseguiu vencer duelos no meio, e somar posse e roubos em zonas avançadas, mas perdeu intensidade com o decorrer dos minutos. O Mengão não está acostumado a jogar em uma liga de alta intensidade nas partidas semanalmente, ao contrário do time de Jurgen Klopp, o que deixa questões importantes para o time de Jorge de Jesus e o futebol brasileiro, para a próxima temporada.
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