O primeiro título mundial da Argentina não veio com a seleção, mas com um clube. Em 1967, o Racing, após perder em Glasgow para o Celtic, bateu os alviverdes no El Cilindro, em Avellaneda, por 2 a 1, e no Centenário, em Montevidéu, por 1 a 0, com um gol de Cárdenas decidindo esse último e decisivo jogo. Era a consagração de um time, que começava a levar o futebol argentino para além das margens do Atlântico.

O time do técnico Juan José Pizzuti jogava um futebol de muita intensidade, e o faria diferenciado, sobretudo na América Latina, nos anos anos de 1960 e 1970. Antes de desbravar as Américas, o Racing foi campeão argentino  em 1966, conquistando a Libertadores apenas um ano depois.
O gol do time era defendido por Luis Carrizo, aproveitou uma grave lesão sofrida pelo titular Agustín Cejas, para assumir a titularidade, e virar ídolo do clube. Ainda jogou no Santos, com Pelé. A defesa tinha o lateral-direito Martín, os zagueiros Perfumo e Basile, e o lateral-esquerdo Díaz. O grande destaque eram os centrais, que se completavam com vigor e técnica.

No meio, Rulli e Rodríguez atuavam ao lado de Maschio, jogador de ótima capacidade técnica, de tomada de decisão e gestos na base da jogada, assistindo bem o trio de ataque, formado pelo brasileiro João Cardoso, e os argentinos Cárdenas e Raffo.

Time-base: Carrizo; Martín, Perfumo, Basile, Díaz; Rulli, Rodríguez, Maschio; João Cardoso, Cárdenas e Raffo. Técnico: Juan José Pizzuti.