Um dos maiores times da história do futebol europeu surgiu graças à Segunda Mundial. O Dukla Praga teve como base o Army XI, time formado por soldados do Slovenské Naroden, grupo que defendeu a Tchecoslováquia na grande grande Guerra. A equipe de futebol foi criada com a intenção de atuar em um campeonato entre soldados dos países aliados, realizado após a Guerra, mas viraria base para um grande projeto.
A partir de 1948, a Tchecoslováquia começou a se reerguer com a ajuda da União Soviética. O time do Army XI virou base para o ATK Praga, numa tradução literal o Clube do Exército tchecoslovaco. A equipe, então disputou um playoff contra o MZK Pardubice, campeão da segunda divisão, e assegurou vaga na elite. Os melhores jogadores do país que pertenciam ao exército, ou estavam em idade militar, eram convocados a atuar pela nova equipe, que tinha tudo para virar uma potência.
O grande problema, é que após cumprirem o serviço militar, os jogadores deixavam o ATK. A equipe passou a perder qualidade já que vários jogadores a deixavam a cada ano. Até que o técnico Karel Kolsky assumiu o comando da equipe.
O técnico foi atrás de reforços, e buscou atletas de qualidade, como Ladislav Novák, Jaroslav Borovicka, Frantisek Safránek, Svatopluk Pluskal, e especialmente Josef Masopust, possivelmente o maior jogador da história do futebol tchecoslovaco. Com Kolsky, o time passou a praticar um futebol no molde das grandes potências Soviéticas, apostando no coletivo, na força tática, e na preparação física. Com esta fórmula, o ATK conquistou a Copa da Tchecoslováquia em 1952, naquele que foi o primeiro grande título de sua história.
O técnico foi atrás de reforços, e buscou atletas de qualidade, como Ladislav Novák, Jaroslav Borovicka, Frantisek Safránek, Svatopluk Pluskal, e especialmente Josef Masopust, possivelmente o maior jogador da história do futebol tchecoslovaco. Com Kolsky, o time passou a praticar um futebol no molde das grandes potências Soviéticas, apostando no coletivo, na força tática, e na preparação física. Com esta fórmula, o ATK conquistou a Copa da Tchecoslováquia em 1952, naquele que foi o primeiro grande título de sua história.
No ano seguinte, o ATK mudou de nome para UDA. A idéia do governo tchecoslovaco era que o país fizesse uma grande campanha na Copa do Mundo de 1954. Pensando nisto, nada melhor do que ter o máximo possível de jogadores em um só time. E o UDA se tornaria a base da seleção tchecoslovaca, recebendo reforços de outros clubes, com a intenção de se aproximar da base do selecionado.
Ainda em 1953, com apenas 5 anos de existência, o UDA conquistaria o seu primeiro título Tcheco. Ainda neste ano, o clube passou a usar as cores amarela vermelha, deixando para trás o verde e preto. Em 1956, passou a se chamar Dukla Praga, em homenagem ao local onde aconteceu a batalha decisiva para os tchecos, na Segunda Guerra Mundial.
Estava montado em sua integralidade o clube que faria história. Ao todo, foram 11 títulos do Campeonato Tchecoslovaco, oito Copas nacionais, e mais algumas conquistas internacionais. O sucesso maior no mundo se daria na década de 1960, que ficou marcada para sempre no futebol local.
Ainda na Copa dos Campeões 1957-1958, o Dukla foi eliminado pelo Manchester United nas oitavas de final. Chegou a bater os Red Devils por 1 a 0 em Praga, mas a derrota por 3 a 0 em Manchester foi fatal. A eliminação e a perda do título tchecoslovaco trouxeram mudanças no comando técnico, e Jaroslav Vejvoda. Com ele, o Dukla se tornou imbatível em casa, levando o inesquecível tetracampeonato nacional no começo dos anos de 1960, e batendo de frente com potências do futebol europeu na Copa dos Campeões, encarando de igual times como Benfica e Real Madrid.
Em 1962, Josef Masopoust recebeu a Bola de Ouro, batendo Eusébio, e se consagrando o melhor jogador europeu do ano. Parecia tudo bem com a nova agremiação, mas não era bem assim. Ao mesmo tempo que o clube acumulava títulos, o Dukla perdia torcedores. A Checoslováquia viveu a famosa Revolução, e o clube, associado ao governo, ia ganhando antipatia. Os fãs do futebol em Praga passaram a torcer por outras equipes, como Sparta, Slavia, Bohemians e Viktoria.
O Dukla ainda se aventurou além do Oceano. O clube viveu um grande momento ao disputar a International Soccer League, torneio amistoso, mas chancelado pela FIFA, que contava com equipes da América do Sul e da Europa, e era disputado nos EUA. Em 1961, após passar por adversários como o Monaco, o Espanyol, o Estrela Vermelha e o Rapid Viena, o Dukla conquistou o segundo turno do certame, e decidiu o título com o Everton, campeão da 1º etapa. Pois os thecos derrotaram os Toffoes, vencendo os dois jogos da decisão: o primeiro por 7 a 2, e o segundo por 2 a 0.
A taça foi muito importante, pois era o triunfo de um time ligado ao governo de um país marxisista, triunfando em território americano, centro do capitalismo. O clube ainda voltou à Terra do Tio Sam, conquistando a American Challenge Cup, torneio de um só jogo, por três vezes. Em 1962, 1963 e 1964, derrotou América-RJ, West Ham e Zaglebie Sosnowiec para ficar com a taça.
Neste meio tempo, o Dukla formou a base da seleção da Thecoslováquia vice-campeã do Mundo em 1962, após perder a final para o Brasil. Os títulos do Campeonato e da Copa da Thecoslováquia na temporada 1965-1966 deram à vaga para a Copa dos Campeões 1966-1967, onde o time eliminou Esbjerg, Anderlecht e Ajax, antes de cair diante do futuro campeão Celtic na semifinal.
Após a década de 1960, o Dukla acabou entrando em uma decadência enorme, perdendo peças importantes, e relevância. Entre os anos de 1970 e 1980, foram apenas três títulos tchecoslovacos, e quatro Copas nacionais, a última em 1990. Já em ruínas, o clube se mudou de cidade, e passou a se chamar Dukla Pnrbam. O clube que melhor representou a extinta Checoslováquia, hoje é apenas um esboço do que foi nos anos dourados, e não parece ter forças para voltar ao topo do país tão cedo.
Em 1962, Josef Masopoust recebeu a Bola de Ouro, batendo Eusébio, e se consagrando o melhor jogador europeu do ano. Parecia tudo bem com a nova agremiação, mas não era bem assim. Ao mesmo tempo que o clube acumulava títulos, o Dukla perdia torcedores. A Checoslováquia viveu a famosa Revolução, e o clube, associado ao governo, ia ganhando antipatia. Os fãs do futebol em Praga passaram a torcer por outras equipes, como Sparta, Slavia, Bohemians e Viktoria.
O Dukla ainda se aventurou além do Oceano. O clube viveu um grande momento ao disputar a International Soccer League, torneio amistoso, mas chancelado pela FIFA, que contava com equipes da América do Sul e da Europa, e era disputado nos EUA. Em 1961, após passar por adversários como o Monaco, o Espanyol, o Estrela Vermelha e o Rapid Viena, o Dukla conquistou o segundo turno do certame, e decidiu o título com o Everton, campeão da 1º etapa. Pois os thecos derrotaram os Toffoes, vencendo os dois jogos da decisão: o primeiro por 7 a 2, e o segundo por 2 a 0.
A taça foi muito importante, pois era o triunfo de um time ligado ao governo de um país marxisista, triunfando em território americano, centro do capitalismo. O clube ainda voltou à Terra do Tio Sam, conquistando a American Challenge Cup, torneio de um só jogo, por três vezes. Em 1962, 1963 e 1964, derrotou América-RJ, West Ham e Zaglebie Sosnowiec para ficar com a taça.
Neste meio tempo, o Dukla formou a base da seleção da Thecoslováquia vice-campeã do Mundo em 1962, após perder a final para o Brasil. Os títulos do Campeonato e da Copa da Thecoslováquia na temporada 1965-1966 deram à vaga para a Copa dos Campeões 1966-1967, onde o time eliminou Esbjerg, Anderlecht e Ajax, antes de cair diante do futuro campeão Celtic na semifinal.
O pós era de Ouro
Após a década de 1960, o Dukla acabou entrando em uma decadência enorme, perdendo peças importantes, e relevância. Entre os anos de 1970 e 1980, foram apenas três títulos tchecoslovacos, e quatro Copas nacionais, a última em 1990. Já em ruínas, o clube se mudou de cidade, e passou a se chamar Dukla Pnrbam. O clube que melhor representou a extinta Checoslováquia, hoje é apenas um esboço do que foi nos anos dourados, e não parece ter forças para voltar ao topo do país tão cedo.