Grandes Times: a Juventus de 2012-2015
"Você não pode jantar em um restaurante onde não tem dinheiro para pagar a conta". Esta frase foi proferida pelo treinador Antonio Conte, logo após conquistar o tricampeonato Italiano com a Juventus em 2014. Ele respondia uma pergunta feita por um repórter, que perguntava se após dominar a Itália, a Juve agora tentaria enfim fazer uma grande campanha na Champions. A Velha senhora havia sido eliminada na maior competição da Europa da temporada passada em um confronto direto, na última rodada da fase de grupos, contra o Galatasaray em Istambul, no famoso "Jogo da Neve". Meses depois, cairia diante do Benfica, na semi-final da Liga Europa. Conte já parecia ter jogado a toalha da Juventus na Europa, e desistido de fazer uma grande campanha na UCL. Mas ainda tinha contrato, e ia comandar a equipe por pelo menos mais uma temporada.
Quis o destino, que após o fracasso da Itália na Copa do Mundo de 2014, Conte assumisse a Azzurra. O mesmo técnico que havia devolvida a esquadra Bianconera ao topo da Itália, já não parecia mais ter capacidade para tirar um algo mais do seu elenco. Era preciso reajustar a equipe para ser competitiva também no continente, criando novas e mais modernas opções de jogo. Massimiliano Allegri assumiu a equipe com esta missão, e menos de um ano depois, esteve perto de colocar a Juve no topo da Europa.
A Juventus, com Antonio Conte como técnico, tinha voltado à Champions League na temporada 2012-2013, depois do primeiro título italiano da Série de quatro, em que quebrou a hegemonia das equipes de Milão, que já durava cinco anos. Após terminar na liderança, em um grupo E que ainda contava com o Shakhtar Donetsk (que terminou em segundo lugar) e o Chelsea (então atual campeão europeu, que terminou em terceiro e assim eliminado na primeira fase). No mata-mata, após passar com facilidade pelo Celtic, caiu diante do Bayern de Munique, que verdade seja dita, derrubava realmente qualquer um que passava pelo seu caminho. Após as eliminações supracitadas para Galatasaray e Benfica na temporada seguinte, veio uma conclusão: O futebol da Juventus servia para o mercado interno, mas não para a Champions League.
Começou então uma mudança. Ainda na temporada 2013-2014, Tevez já havia se juntado aos Bianconeris, reforçando um ataque, que até então beirava o inexistente. Se Lllorente, que também chegou no início da temporada 2013-2014, não foi um fracasso, mas sempre passou longe de ser um sucesso, o companheiro ideal para Tevez só chegou no começo da atual 2014-2015: Morata. Com um ataque mais forte, faltava um esquema que desse as devidas condições para que o mesmo atuasse da melhor maneira possível. O 3-5-2 de Antonio Conte não era o melhor caminho. Foi retomada a linha de quatro meio-campistas, formada então por Pirlo, Marchisio, Pogba e Vidal. O argentino Pereyra chegou para ser o reserva imediato de qualquer um destes. Se na lateral-direita Lichtsteiner já era unanimidade, para jogar com uma linha de quatro atrás, a chegada de Evra, experiente em UCL, foi fundamental.
O novo esquema fez com que Tevez pudesse ser o craque padrão "World Class" que a Juventus precisava. As atuações de Tevez contra o Borussia Dortmund e o Real Madrid nesta Liga dos Campeões foram fundamentais para colocar a Juventus na grande final da Champions, onde perdeu para o Barcelona por 3 a 1. Contudo, a Juventus ainda nessa temporada 2014-2015 foi campeã da Coppa Italia e da Liga Italiana, fazendo a mesma ser histórica.
Para 2015-2016, alguns nomes chegaram, outros saíram, mas a Juventus de Allegri seguiu sendo hegemônica na Itália, e competitiva na Europa, até o treinador deixar a equipe, em 2019.
Time-base: Buffon; Lichsteiner (Barzagli), Bonucci Chielinni e Evra (Asamoah); Pirlo, Marchisio, Pogba e Vidal; Tevez e Morata (Llorente). Técnico: Massimiliano Allegri.
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