O meio-campo da Croácia é sua maior força, e o selecionado báltico teve muito a posse de bola contra a Argentina. Contudo, também teve muita dificuldade para ameaçar a albiceleste nas áreas de ataque. A Argentina ficou feliz em deixar isso acontecer, sabendo que estava mais afiada no ataque. Lionel Messi e Julián Álvarez foram as estrelas desta partida, marcando três gols na vitória da Argentina sobre a Croácia.
A dura vitória da Argentina sobre a Holanda nos pênaltis, garantiu a semifinal contra a Croácia. Tendo alinhado em um sistema de 5-3-2 contra a Holanda, Lionel Scaloni voltou ao 4-4-2 contra os croatas, desta vez com uma defesa de quatro com Nahuel Molina, Cristian Romero, Nicolás Otamendi e Nicolás Tagliafico. Rodrigo De Paul, Leandro Paredes, Enzo Fernández e Alexis Mac Allister compuseram o meio-campo, enquanto Lionel Messi voltou a ter a companhia de Julián Álvarez na frente.
A Croácia conseguiu uma vitória dramática para chegar nesta fase, ao eliminar o Brasil nos pênaltis após uma atuação boa. A equipe de Zlatko Dalić alinhou no seu habitual sistema 4-3-3, com Josip Juranović, Dejan Lovren, Joško Gvardiol e Borna Sosa na defesa. O experiente trio de meio-campo formado por Luka Modrić, Marcelo Brozović e Mateo Kovačić, apoiou a linha de frente de Mario Pašalić, Andrej Kramarić e Ivan Perišić.
Um aspecto do jogo da Croácia que os ajuda a ter um bom desempenho em torneios de tiro curto, é a capacidade de reter a bola, mesmo contra adversários de ponta. Contra o Brasil anteriormente, eles mostraram que podem ter bons momentos de posse de bola contra as melhores seleções do futebol mundial.
Eles tiveram maior posse se bola contra a Argentina também. A Argentina, geralmente se posiciona defensivamente em 4-4-2, e não pressiona a bola para além de seu próprio meio-campo. Eles se contentaram em deixar a Croácia ter longos períodos de posse de bola, se necessário, desde que a posse fosse relativamente inofensiva.
O meio-campo da Croácia é o destaque de sua equipe, e todos conseguiram envolver bastante a bola em uma construção mais profunda. Brozović distribuiu a bola a partir da zona central, enquanto Modrić e Kovačić foram mais móveis, circulando livremente nos respetivos espaços do meio-campo, para criar ligações.
Os defensores croatas também estiveram relativamente envolvidos na criação, e tocaram muito na bola. O problema da Croácia foi no ataque, onde faltou movimentação para criar combinações fortes, ou ameaçar o espaço atrás da defesa argentina.
Quaisquer passes entre as linhas foram defensidos agressivamente pelos zagueiros argentinos, que gostam de jogar antecipando, e houve pouco movimento em profundidade da Croácia para impedi-los de jogar dessa maneira.
Nos primeiros trinta minutos, a Argentina não fez tanto com a posse de bola. A seleção de Scaloni parecia estat numa tentativa de sufocar a criatividade do meio-campo da Croácia, em vez de se concentrar nos seus ataques, e foi isso que aconteceu.
Quando a Argentina tinha a bola, os laterais forneciam a maior parte da amplitude. Molina atacou pela direita, enquanto De Paul jogou mais na base da jogada. O lado esquerdo pertencia a Tagliafico, já que Mac Allister assumiu posições mais avançadas no meio-espaço esquerdo, ou na posição dez. Fernández também atuou nesta área ocasionalmente, avançando em um papel amplo, enquanto Álvarez fez uma boa movimentação na última linha.
Foi o movimento de Álvarez na retaguarda que ajudou a Argentina a marcar o primeiro gol, já que a linha defensiva croata, desorganizada permitiu que ele avançasse e ganhasse um pênalti, cometido por Dominik Livaković. Messi converteu o pênalti, para colocar a Argentina em vantagem por 1 a 0.
Álvarez estava em ação novamente cinco minutos depois, quando liderou um contra-ataque, abrindo caminho entre os zagueiros croatas e, eventualmente, passando a bola pelo goleiro para fazer o 2-0. Depois de não ter atacado muito no primeiro tempo, a Argentina se viu com uma vantagem de dois gols no intervalo.
No segundo tempo, em grande jogada, Messi driblou vários rivais em um lance só, é serviu Julian Alvarez, que fez o terceiro tento argentino, fechando o placar.
Essa será a sexta final de Copa do Mundo da história da Argentina.
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