A Argentina venceu a França nos pênaltis por 4 a 2, após empate em 3 a 3 entre o tempo normal e a prorrogação, e conquistou o tricampeonato da Copa do Mundo. A Argentina volta a conquistar o título, depois de 36 anos.
A final da Copa do Mundo de 2022, no Catar, foi emocionante, com muitas reviravoltas. A Argentina dominou o primeiro tempo. O plano de Lionel Scalloni, superou o de Deschamps em campo. A Argentina atacou muito com Dí Maria pela esquerda, e Messi na direita, nas costas do lado esquerdo francês, onde Mbappé não recuava tanto para recompor. A Argentina jogou no 4-3-3, enquanto a França atuava no 4-2-3-1. Contudo, a albiceleste estava bem menos torta na hora de se defender, sobretudo por saber melhor compensar Messi, que naturalmente volta menos para recompor. Dí Maria fechava na esquerda, De Paul na direita. Molina era quem cuidava de Mbappé, mas com muita ajuda de De Paul, e com Romero na cobertura. O virtuoso jogador francês, praticamente não brilhou em 80 minutos de jogo, que foram de muito controle argentino. Quando Mbappé brilhou, recolocou a França na disputa do título, mostrando que esta foi a final do duelo, entre dois jogadores que já estão na história como dos melhores futebolistas de todos os tempos.
Afetada por uma gripe em vários jogadores, a França começou o jogo bem menos intensa. E Messi e Di Maria, os únicos remanescentes da última final disputada pela Argentina, em 2014, fizeram a diferença. De Paul e Fernández construíram o jogo no meio do campo, Mac Allister apoiou mais alto na esquerda, e Álvarez deu profundidade na última linha. Messi teve sua liberdade habitual de vagar no meio-campo direito, buscando bolas invertidas para a esquerda, justamente para o autor do gol da vitória da Argentina na final dos Jogos Olímpicos de 2008. Assim, Di Maria sofreu o pênalti do primeiro gol, convertido por Messi, e marcou o segundo. E o primeiro tempo terminou assim, com a Argentina vencendo por 2 a 0.
No segundo tempo, Kolo Muani entrou no lugar de Ousmane Dembélé na ponta direita, como na semifinal. Marcus Thuram ocupou a ponta na esquerda, e Mbappé passou para o meio do ataque, no lugar de Giroud. Thuram e Mbappé passaram a trocar de posição, enquanto Kolo Muani deu mais estabilidade na ponta-direita, e a França passou a se defender melhor. Mas, os franceses ainda ficaram sem ideias no terço final. Scaloni então começou a fechar o seu time.
Di María saiu de campo, dando lugar para Marcos Acuña. A Argentina defendeu em 4-4-2, mas fechou-se em um bloco baixo. Por outro lado, Deschamps foi a todo vapor no ataque. Kingsley Coman substituiu Griezmann, e atuou como ponta direita, Mbappé ficou na ponta esquerda, e Kolo Muani juntou forças com Thuram no centro do ataque. A França tentou forjar uma ameaça com uma presença extra na última linha de ataque, mas seus adversários pareciam bastante estáveis. Essa dinâmica logo mudou dramaticamente.
Restavam dez minutos no relógio, quando Otamendi fez falta em Muani na área. Mbappé converteu a cobrança de pênalti, restaurando a esperança de uma reviravolta francesa. Logo depois, ele apareceu invisível à Molina para acertar um voleio, sem chances de defesa para Martínez, empatando a final, que foi para a prorrogação.
No tempo extra, Messi recolocou a Argentina na frente na etapa final. Mas Mbappé, novamente cobrando pênalti, voltou a empatar, levando a decisão para a cobrança de pênaltis. A França desperdiçou duas cobranças, com Coman e Tchouaméni, enquanto a Argentina não desperdiçou nenhuma cobrança, e venceu por 4 a 2, se tornando tricampeã mundial de futebol.
Mbappé se tornou apenas o segundo jogador a fazer três gols em uma final de Copa do Mundo. Anteriormente, o inglês Hurst também marcou um hat-trick na final do Mundial de 1966. O francês chegou também a oito gols no Mundial do Catar, sendo o artilheiro da competição.
Ficha técnica
Final da Copa do Mundo 2022
18/12/2022
Argentina (4) 3x3 (2) França
Argentina: Martínez; Molina (Montiel), Cristian Romero, Otamendi e Tagliafico (Dybala); Enzo Fernández, De Paul (Paredes), Mac Allister (Pezzella) e Di María (Acuña); Messi e Julian Álvarez (Lautaro Martínez). Técnico: Lionel Scaloni.
França: Lloris; Koundé (Disasi), Varane, Upamecano e Theo Hernández (Camavinga); Tchouaméni, Rabiot (Fofana) e Griezmann (Coman); Dembelé (Kolo Muani), Giroud (Thuram) e Mbappé. Técnico: Didier Deschamps.
Local: Estádio Lusail.
Gols: Messi, aos 23', Di María, aos 36' do 1ºT. Mbappé, aos 34' e 36' do 2ºT. Messi, aos 3' do 2ºT (P), Mbappé, aos 12' do 2ºT.
Público: 88.966.
Cartões amarelos: Enzo Fernández, Acuña, Paredes, Montiel (ARG); Rabiot, Giroud, Thuram (FRA)
Árbitro: Szymon Marciniak (POL)
Assistentes: Pawel Sokolnicki (POL) e Tomasz Listkiewicz (POL)
Quarto árbitro: Ismail Elfath (EUA)
VAR: Tomasz Kwiatkowski (POL)
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