Todos os resultados das oitavas-de-final  da Copa do Mundo 2022, com análise dos jogos
Imagem: FIFA



Todos os resultados das oitavas-de-final  da Copa do Mundo 2022, com análise dos jogos:


3/12 (sábado)

12h HOLANDA 3x1 ESTADOS UNIDOS, Estádio Khalifa


Na primeira partida eliminatória da Copa do Mundo do Catar de 2022, a Holanda, vencedora do grupo A, enfrentou a equipe dos EUA, vice-campeã do grupo B. Duas das cinco equipes invictas se enfrentaram após uma fase de grupos que já teve muitas surpresas. O plano de Louis van Gaal deu bastante certo, pois dentro de seu 5-2-1-2, a Orange, com recuos de De Jong, conseguiu superioridade numérica na saída de bola, fundamental para bater a pressão estadunidense no lance do primeiro gol, que veio muito cedo. O gol deu para a Holanda, a possibilidade de se manter um pouco mais compacta, tirando os espaços do rival, que por mais que tivesse superioridade numérica no meio-campo, não conseguia ingressar na defesa rival.

E piorou para os Estados Unidos, quando a Holanda, em mais uma saída rápida, conseguiu chegar ao segundo gol. No segundo tempo, quando os Estados Unidos descontaram, a Holanda voltou a ampliar a vantagem, consolidando a vitória por 3 a  1.


16h ARGENTINA 2x1 AUSTRÁLIA, Estádio Ahmad Bin Ali


Sobrou superação e concentração para a a Austrália, faltou qualidade nas finalizações para a Argentina, especialmente com Lautaro Mártinez. Os socceroos, começaram o jogo tentando não marcar muito baixo, usando encaixes na saída de bola rival, para roubar em zonas avançadas, e quando tinham sua primeira linha de marcação superada, compactavam bem em um 4-4-2. A Argentina começou com Gómez jogando pela esquerda e Álvarez pela direita no ataque, com Messi centralizado. Na prática, os pontas vinham muito por dentro, e os laterais ajudavam a dar amplitude, muito embora desta vez até Molina tenha feito mais este papel, com Gomez caindo muito pela ponta, e Acuña segurando mais pela esquerda. Na fase de grupos, foi Acuña quem apoiou mais pela esquerda, com Dí Maria dando amplitude pela direita, e Molina segurando mais.

O talento de Messi, em mais um chute preciso, ajudou a Argentina a superar a capacidade defensiva australiana, e abrir o placar. A partir daí, a Argentina, especialmente no segundo tempo, segurou mais atrás, e procurou as transições rápidas. Julian Álvarez, roubando a bola do goleiro em uma saída, conseguiu fazer o 2 a 0. A Argentina teve chances de ampliar, mas não o fez. Lautaro Martínez substituiu Álvarez, mas perdeu muitos gols. A Austrália, com Mooy organizando as coisas na base da jogada, tentava levar perigo, mas faltava qualidade para isso. 

A Austrália acabou tendo uma grande sorte, já que um desvio bizarro viu o chute de Craig Goodwin desviar em Enzo Fernández, e entrar no gol. A redução de sua vantagem para apenas um gol resultou em um final de dez minutos ligeiramente nervoso para a Argentina. As últimas intervenções de Lisandro Martínez e Emiliano Martínez em ocasiões diferentes foram necessárias para manter a Argentina na frente, enquanto a Austrália tentava pressionar. Contudo, a Argentina conseguiu navegar com segurança para a vitória por 2 a 1, chegando na próxima fase.


4/12 (domingo)

12h FRANÇA 3x1  POLÔNIA, Estádio Al Thumama

A maldição dos campeões não pareceu afetar em nada a França, que passou da fase de grupos em duas partidas, após derrotar Austrália e Dinamarca. Isso permitiu que eles descansassem a maior parte de sua escalação titular na terceira partida contra a Tunísia, focando agora em seu objetivo, de tornar-se a primeira seleção masculina a conquistar títulos consecutivos na Copa do Mundo desde 1962. Por outro lado, a Polônia se classificou para as eliminatórias pela primeira vez desde 1986 numa Copa do Mundo. 

A França voltou com força total e voltou à sua formação 4-2-3-1 no papel, com Hugo Lloris no gol, atrás de Jules Koundé, Raphaël Varane, Dayot Upamecano e Theo Hernández. Aurélien Tchouaméni juntou-se a Adrien Rabiot no meio-campo, com Antoine Griezmann à frente, enquanto Ousmane Dembélé, Olivier Giroud e Kylian Mbappé formaram o ataque. Como havia feito contra a Argentina, a Polônia alinhou em uma formação 4-1-4-1. Wojciech Szczęsny começou entre os postes, com Matty Cash, Kamil Glik, Jakub Kiwior e Bartosz Bereszyński à sua frente. Grzegorz Krychowiak teve Piotr Zieliński e Sebastian Szymański ao seu lado no meio-campo, enquanto Przemysław Frankowski e Jakub Kamiński começaram nas pontas. Robert Lewandowski estava sozinho no ataque novamente.

Apesar de terem mantido algumas partidas sem sofrer gols, a defesa da Polônia estava longe de ser convincente na fase de grupos. Contra a França, a Polônia foi montada num bloco médio 4-5-1, com as duas linhas bem compactas. A Polônia até foi competitiva, e teve chances de abrir o placar, mas não o fez. Aí, apareceu a qualidade individual da França, que soube encontrar bem espaços, sobretudo em transição ofensiva, especialmente com Mbappé, fundamental para a vitória gaulesa por 3 a 1. 



16h INGLATERRA 3x0 SENEGAL, Estádio Al Bayt


A velocidade e  a qualidade, levaram a Inglaterra a superar a forte marcação por encaixes de Senegal, primeiramente em uma saída rápida. Depois, os Ingleses conseguiram jogar com o placar, e ampliar a sua vantagem para um 3 a 0. 


5/12 (segunda-feira)

12h JAPÃO 1x1 (1x3p) CROÁCIA, Estádio Al Janoub 


A boa posse de bola japonesa, não foi o suficiente para superar a Croácia, que até não conseguiu superar no tempo normal e na prorrogação os japoneses, só o fazendo nos pênaltis.


16h BRASIL 4x1 COREIA DO SUL Estádio 974


A superioridade numérica do Brasil no meio-campo e no ataque, promoveu um verdadeiro massacre contra os sul-coreanos nos minutos iniciais. Quando a Coréia do Sul se deu conta, já perdia por 4 a 0. Além disso, a qualidade individual, somada a velocidade dos atletas de frente do Brasil, é uma forte arma para superar qualquer defesa. 

Com a vantagem no placar, o Brasil até tirou o pé do acelerador, sofreu um gol, mas nada que colocasse em xeque sua classificação. 


6/12 (terça-feira)

12h MARROCOS 0x0 (3x0p) ESPANHA Estádio Education City


A solidez defensiva de Marrocos, deu um nó no toque de bola espanhol. Faltou no tempo normal, poder de infiltração à Fúria, e melhor qualidade nas tomadas de decisão em contragolpe para os Marroquinos. Nos pênaltis, os Marroquinos foram bem mais competentes, e conseguiram a classificação. 


16h PORTUGAL x SUÍÇA Estádio Lusail


Com Gonçalo Ramos no ataque, Portugal foi muito sólido contra a Suíça, e com um 6 a 1, enfim teve uma atuação em Copas, digna de seu elenco.